quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Algumas sutilezas no Odinismo

Hails Unsar Guda Ases e Vanes!!!
Hails Haithnu Thiuda!!!
Hails Brothrus Visigoth!!!

   Ao observar alguns de nossos textos tradicionais, começamos a nos perguntar sobre a natureza do que nos é apresentado, e como devemos nos colocar em relação a esta natureza, e bem como como nos servir dela em meio aos dias de hoje.
   Se pegarmos a Saga sobre o Ouro do Rin, falando a cerca do tesouro dos Nibelungos, Sigfried, Brunhild ou mesmo Alberico e Mime. Veremos que alguns temas contém muitas idéias que caminham ligeiramente diferente, ou diretamente diferente de conceitos conhecidos por muitos, dentro do Caminho Odinista.
   Por exemplo, veremos ali que durante o processo crematório de Siegfried e Brunhild, ocorreu a similaridade do processo de consumação do Valholl em chamas, onde no próprio texto lemos como título deste capítulo final, desta Saga, como sendo o Ragnarock.
   Como devemos observar, mesmo outros textos, abordam ao Ragnarock e as chamas como tendo origem em Musphelheim, e cujo núcleo sendo o próprio Gigante Sombrio de Fogo, Surtr (cujo nome o identifica inclusive com o Sfartalf Surther, sob certo ponto de observação, e assim ao sul de qualquer forma Surtur reina em meio ao fogo).
   Este texto rivaliza com a Saga apresentada de Siegfried, de maneira que nos questionamos sobre como podem, estas coisas, se contraporem desta maneira?
   O ponto de vista do Odinismo Visigoth sobre isso, acaba aclarando nossas mentes, se o utilizamos devidamente.
   Notemos que em primeiro lugar, o Odinismo não leva em consideração o Ragnarock, e um de seus motivos para isso, são os óbvios choques que ocorrem a cerca deste assunto, e de qualquer outro assunto que venha a existir nas Eddas, que possa vir a ser tomado como dogmatismo.
   Estamos sim nos tempos do LOBO, o que significa um tempo de choque realmente, de lutas tremendas realmente, de ter a muitos contra cada um de nós, e de buscar a força em nós mesmos pelo Clã, e para o indivíduo. E assim observamos, que realmente estes são tempos de um gigantesco embate, mas que o final inevitável e extático, o Ragnarock, inexiste pois o desenvolvimento de cada um acaba por ocorrer e desencadear a evolução.
  Se nestes tempos Morre um Deus, ele torna a vir como Algo que suplanta as Presas de Ferro do Lobo, e isto ele faz através do Clã, vetor de seu retorno, que tanto protegeu em sua última existência.
   Sim parece que estamos falando de um certo Egoísmo, se olharmos grosseiramente par ao processo, mas o caso não é este.
   É bem verdade que para nós o retorno advém por meio de nossos descendentes, e que nós mesmos viemos de alguém que estava ligado ao chamado Odinista, há aproximadamente 9 gerações atrás, ou um pouco menos. Fato que também leva em consideração a chamada memória genética, de acordo com a Biologia, uma vez que em momento nenhum entramos em confronto com nada que tenha haver com evolução e desenvolvimento, desde que verídico e concreto.
   Mas a verdade é que pulsa em nós o instinto de auto-proteção, que nos leva a defendermo-nos e a defender os que estão mais próximos de nós, por um quesito de ligação muito forte, e de se auto manter que é igualmente poderoso.
   Assim o Clã, a Família, são a base e estrutura de nossos trabalhos, pois garantem o eixo e âncora de nossos atos, e bem como nos permitem estar aqui e agir, através da HERANÇA que passamos para nossos descendentes, e de acordo com o que podemos sorver em cada vida, e de acordo com o que podemos desenvolver além em cada uma delas, acabamos por estimular um processo de evolução acelerada, em que no caso do retorno, acabamos nos beneficiando além das expectativas.
   Assim o conceito de Ragnarock, acaba por ser inadequado dentro deste quadro, que nos é apresentado até o momento.
   Além disso, temos que levar em conta que a forma como estes conceitos acabaram sendo trazidos até nós, pode conter elementos não pertencentes a Nossa Tradição Visigoth, sendo compostos por medos religiosos que nada tem haver com o Odinismo. Isso nos leva a Snorri,  e seu sacerdócio religioso, que por sua vez apesar de salvaguardar muitos dos conceitos nas Eddas que compôs do conhecimento a sua volta, não pôde escapar dos olhos de outros religiosos fanáticos a sua volta, ou mesmo de seus medos e de seu próprio sacerdócio monoteísta.
   Assim o conceito de Força e Valor, que transcende e acaba sendo motivo de Enaltecimento, acabou sendo substituído pelo conceito de Fatalidade Irrevogável, em que por mais que os esforços sejam feitos, o final será o mesmo.
   E aqui passa uma idéia despercebida, que é muito perigosa .
   A de que mesmo todo o Poder de Votan, acabou sendo inútil perante a fatalidade do “armagedon nórdico”, e que se o orgulho nórdico foi incapaz de salva-lo da “Fera ou Besta”, que destruirá a vida, deve o ser procurar a misericórdia e se humilhar perante o trono de alguma outra coisa que possa salva-lo.
   Este pensamento inconscientemente foi implantado em muitas pessoas, para cimentar em suas psiques a subserviência, a escravidão perante o “deus sacrificado em eterno sofrimento masoquista”, pois seu sofrimento e flagelo são ditos como sendo superiores a Honra e a Força.
   Isto é uma enorme tolice, e qualquer um pode perceber a superioridade do Lobo sobre o cordeiro, mesmo na escala avolutiva.
   O perigo de pequenas armadilhas como esta, vem da decorrência, do aparecimento de dioceses de odin, ou da visão cristã de um Baldhur como cristo, ou mesmo de um odin cristão.
   Já existem coisas como esta em muitos locais, e muitos são os não-odinistas que se dizem odinistas, propagandeando estas abominações.
   E se isto não fosse o bastante, temos as deformações do decorrer do tempo, a respeito de nossa tradição, onde as pessoas pegam pedaços da mesma, para criar ladainhas pessoais, e passar adiante, de maneira a parecer que algo novo veia a aparecer, e por fim ser narrado como tradição popular.
   Este é o caminho das lendas infantis como as temos conhecido.
   Será que não teremos visto na “Bela adormecida e no beijo que a desperta” , traços de Brunhild e Siegfried, e no Dragão da história traços de Fafnir. Mas a forma como veio a ser expressa, pegou uma narrativa tribal e tornou-a algo que saciou uma vertente local de outro país, e por fim veio a falar do Mal Demoníaco monoteísta , vencido por um príncipe que salvou a virgem do diabo. E assim algo que poderia ter sido uma forma de instigar as crianças para dentro de nosso caminho, a fonte para a lenda, as programa para ter receio natural de tudo que não é monoteísta, por que na história que chegou as crianças, o dito mal diabólico é constituído do que não é cristão.
   O mesmo se dá na adoração aos Sfartalfs, vistos como bondosos anões da branca de neve, ou mesmo como gnominhos gentis e cheios de magia, chamada de “boa magia ou de magia branca” por aqueles que manipulam a informação. E estes normalmente estão se opondo a uma Feiticeira, ou um Feiticeiro, que por suas características simplesmente são a representação exata de uma Seidkhona ou de um Vikti.
   Será que não teremos notado que a “...Espada que foi fincada até a empunhadura no Freixo, por um andarilho, para ser sacada somente por quem a merecer...”, não terá sido depois vista em histórias medievais posteriores sobre um certo Rei, que retirou uma espada de um local igualmente difícil, contudo uma pedra onde seu pai a teria fincado, e tornou-se o Rei da Bretanha?
   A mídia é especialista em agir assim, uma vez que dá passagem apenas ao que pode lhe aumentar o lucro, de acordo com os desejos de pessoas que possuem o dinheiro, e que vivem para manter os grilhões da prisão, pois esta prisão é sua fonte de renda.
   Apesar de falar de elementos Europeus, temos uma “CÓPIA RECENTE DO ANEL DOS NIBELUNGOS”, que atraiu a muitos para os livros e para Sessões de Cinema. E que pode ter muita capacidade como  uma boa história, mas ocorre que ela aponta sua fontes, para dentro do MONOTEÍSMO. Quem quer que tenha lido o compendio que trata das lendas dentro do próprio livro, pode verificar que as pessoas são levadas diretamente para isso, e a soma da adulteração de caminho a que as pessoas são levadas, acaba por arruinar todo o esforço desencadeado, pelo chamado inconsciente a alguns elementos presentes ali, pois incapazes de conter este chamado se a obra continuasse muito fiel a fonte, foram obrigados adulterar um caráter essencial pertencente a mesma. E o mais triste é que em muitos casos, nem mesmo foi uma obra maniqueísta totalmente orquestrada, simplesmente seus preconceitos pessoais e incapacidade de abranger algo, como o Odinismo , os levaram a prejudicar o texto neste e em outros tópicos (dando uma visão final cristã sobre algo que absolutamente não o é).
   EU PERGUNTO, É ISTO QUE UM ODINISTA VISIGOTH PROCURA PARA SÍ?
   A resposta certamente é NÃO!
   Em adendo a isso, ao observarmos outras partes da Edda, encontramos conforto pois ali, a ignorância do manipulador ou mesmo a tentativa de manter algo intocado, deixou nossa tradição presente, com uma mensagem com algo de correto.
   E vemos assim a Beowulf sobrinho do Rei dos Godos Hugileik, Rei este que é citado na Saga de Beowulf como sendo da Estirpe do Deus Donnar.
   Este Herói que em suas Sagas, combateu a Grindel, Sua Mãe, e a um Gigante que se converteu em Dragão.
   As lições que suas Sagas nos ensinam são muitas, falam de Honra, de Coragem, de Fidelidade e dos cuidados para com a Família e para o Clã.
   Mas principalmente escondido em meio a isto, temos o fato de que Donnar em sua Saga, faz-se presente como tendo sido o criador de sua estirpe.
   E se o Orlog de Donnar presente naquela família o levou a lutar contra Gigantes e Montros, também causou o aparecimento de quem possa sustentar a si como Donnar vivo, para lutar contra tais criaturas.
   Pois ali o Clã de Donnar continua a Donnar, e o próprio Donnar vive para desfrutar entre os vivos, ou mesmo para tecer os meios para desfrutar entre os vivos, mais uma vez, e assim proteger sua prole e seu Clã, e se realizar nisto e aumentar seus feitos, que serão sempre lembrados.
   E o Havamal nos diz: “...77 - O que foi ganho morre, os parentes morrem, cada homem é mortal: Porém eu sei que uma coisa nunca morre. A glória do grandioso, agora morto...” .
   Assim, colocamo-nos firmemente posicionados de maneira a nos salvaguardar, pelo uso do intelecto contra os abusos, contra a extática do pensamento que não evoluí, e que não aprende, e contra as coisas que parecem ser belas, mas que contém veneno para quem delas toma parte, pois: “...127 Se estás consciente que o outro é perverso, diga: não tenho trégua ou acordo com inimigos...”.

Aistan Falkar.
Clã Falkar.
Aliança da águia Visigoda no Brasil.

Hails Folk Visigoth!!!
Hails Tribos do Norte e do Sul!!!
Hails Clãs e Famílias Unidas!!!
Hails Ancestrais e Nossa Família!!!

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