segunda-feira, 31 de janeiro de 2011



Estudos sobre a Orientação Estelar dentro do Tradicionalismo Visigodo

Por Gudja Aistan Falkar
Irmandade Odinista do Sagrado Fogo
Aliança da Águia Visigoda Midjungard

Observando a dinâmica apresentada dentro de nossa tradição, nos é
muito fácil perceber um conjunto de fatores, que em si mesmos, nos
mostram duas coisas que são distintas uma da outra, mas que guardam
pontos em comum importantes, e as vezes complementares.

Por exemplo, temos o desenvolvimento das 8 Festas sagradas.

Sabemos mesmo por observação simples, que o desenrolar destas festas
se dá de acordo com os pontos de clímax das estações, e bem como das
áreas intermediárias destas estações.

Podemos observar calmamente o desenvolvimento do nascer do sol, do
transcorrer do ano, de sua morte aparente e de seu renascer,
vinculado ao decorrer do ano.

Observamos ao que está contido no Ragnarock, exatamente nos mesmos
moldes, como um grande poema que celebra o decorrer do ano, mas que
infelizmente foi adulterado, tendo o renascer propiciado por Vidhar
obliterado pela intoxicação cristã.

Vemos que durante a estação do Inverno há o afastamento do sol,
gerando o frio. E que na estação oposta o calor é gerado por sua
aproximação.

E sabemos que, em outras partes do globo terrestre, as mesmas festas
foram celebradas, contudo com uma ligeira alteração de símbolos, por
exemplo a Inanna dos sumérios, desce ao arallu (reino dos mortos) e
tenta convencer Ereshikigal (deusa da morte, de vestes negras e pele
muito pálida, as vezes representada como tendo a face cadavérica),
local esse guardado por uma grande fera, a fazer com que Tamuz (seu
esposo) ressuscite. Ereshikigal concorda desde que por metade do ano
Tamuz (ou Dumuzi), passem no mundo dos mortos, e a outra metade ele
fique no mundo dos vivos, revezando o período do ano com outra deusa,
sendo que a grande cheia e vida do ano aparecem com a presença de
Tamuz no mundo superior.

Há claras similaridades a respeito do Brosingamen aqui, mas para uma
primeira análise isto se refere também aos ciclos solares, durante o
ano.

O Gelo Fervente encontra paridade com o Calor Escaldante na suméria,
e o sol é o elemento que dá pontos de vínculo para estas situações.

Sabemos também que durante nossos Blots o ponto chave de dinamização
do mesmo, está ligado diretamente ao FOGO no centro de tudo.

Sem Loke - Lodge – Laukar – Lodur, é impossível que se possa
estabelecer o ato em si do desenvolvimento do Blot, e a própria
ênfase da atividade da Knesol e da Swástica que deriva dos fluxos
ligados durante o giro de poder.

Podemos dizer que o Blot é dinâmico, por que dinâmica é a vida.

Assim sendo um observador desavisado poderia supor que , pelas
apresentações acima, todo o quadro de adorações e formas de práticas
ligadas a tradição Visigoda, e outras formas Nórdicas, seria
simplesmente um desenvolvimento da mítica do sol, em sua eterna luta
contra as sombras.

Ocorre que este não é o caso!

Primeiramente devemos retornar ao mito de Inanna, o que poderia
parecer estranho para a apresentação deste pequeno material, mas na
verdade pode ser um ponto chave.

Porquê as tradições guardam similaridades, e porque as mantén?

Dumezil diz que as similaridades entre os povos nórdicos e sumérios,
vai além de coincidência.

Tem haver com antigas migrações e pontos de contato, que eram coisas
tão fortes que se mantiveram por mais de 4.500 anos intocadas na
suméria, apesar da presença do Enuma Elish, que adulterou muito do
culto primordial apesar de manter pontos de contato com outros
trechos nórdicos, como a oposição de Donnar e Jourmungand combinadas
com a oposição Aourgermir e os Ases, mas tendo infelizmente roupagens
políticas movendo todo o contexto em si mesmo.

Mas a verdade é que Jung e o Doutor Wilhelm Reich, em seus trabalhos
sobre a psique humana, descobriram algo muito útil para nossos
estudos.

Se observarmos os trabalhos de Jung e Reich, que culminaram sobre a
teoria da "flor dourada", veremos que em vários grupos étnicos
diferenciados, e muitas vezes sem contato entre si, símbolos
universais acabam sempre aparecendo que transcendem qualquer conceito
de "arquétipo de uma raça", parecendo aludir a uma possibilidade
maior, indicando uma comunicação violenta que traduz meios de
desenvolvimento de toda a humanidade, porém acessível em sua
totalidade e essência central somente a quem possa suportar expor-se
a natureza da mônada central, em si mesma.

Observando então a estrutura das 8 festas do decorrer do ano, veremos
que claramente é algo que sempre carregará a idéia da presença solar,
e do drama da presença do sol ou seu afastamento.

Mas isso não retirará em momento nenhum a seguinte colocação:



"...Então trata-se de uma adoração ao sol, com pontos em volta dele,
como é o caso do zodíaco e do sol ao centro?..."



Felizmente não!

O culto aos Ases e Vanes, volta-se para o Norte e principalmente para
a região Estelar de Poláris. E podemos salientar que Sagalla ou
Kaksisa, como era conhecida Sírius na Suméria, também era a estrela
Rainha e símbolo do deus pai dos anunnaki, Anu.

Então ficará outra colocação:



"...Como pode então algo tão solar, ter algo em comum um culto a uma
estrela tão longínqua, que pode ser considerada como sendo
uma "Estrela Fria", e que não afeta a vida das pessoas no decorrer do
ano?..."



Ficará então claro que a observação foi feita apenas nas bordas do
culto em si, nunca indo além da área fronteiriça inicial, e devemos
salientar também que este erro conduziu inúmeras aberrações durante
as primeiras décadas do século vinte, que culminaram em somatórias
que nada tinham de tradicionais, usadas como desculpa para uma
prática cristã solarizada, vinculada a conceitos nórdicos surrupiados
( é desnecessário dizer do que se trata esta parte).

Como foi citado acima, os estudos de Jung e Reich demonstram
claramente que a mente de cada humano, por mais desprezível que o
seja, reproduz uma "Linguagem muitas vezes Não Verbal", que apesar
dele mesmo desconhecer ou nega-la, faz cada um desses humanos quando
inconseqüentes, apenas reféns do transcorrer do ano, e do que essas
roupagens sazonais são em si mesmas.

Durante todo o ano pessoas se apaixonam ao chegar a primavera, ficam
deprimidas com o frio ou o inverno, se juntam para celebrar o começo
do ano (quer seja em um clima onde o frio e a neve marquem essa data,
ou quer seja no hemisfério sul do planeta).

Durante todo o ano a Luz, marca o nascimento de crianças, estimula
pedidos de casamento, afeta a mente de assassinos seriais, e marca em
sua passagem a vida das pessoas, o crescimento de plantas, épocas de
pescaria, e muitos outros detalhes.

Durante todo o ano, ouvimos pessoas monoteístas inflamadas em seu
ódio, solicitando que "esses ídolos" sejam destruídos pois são
mentiras, e seus símbolos são o próprio demônio.

Durante todo o ano, elas foram reféns de tudo que dizem não existir,
não influenciar e não acontecer, e quando admitem o fato negam
qualquer verdade antiga, dizendo que tudo é vontade de algo tirânico,
que como o marduck do enuma elish, assassinou a liberdade de
arbítreo, reunindo em torno de si a autoridade de fazer qualquer
coisa que quiser cercando-se de deuses menores escravos, hoje
chamados de anjos, e gerando humanos a partir de um
dos "...antigos...", um deus que é chamado no enuma elish
de "...IDIOTA E INCOMPETENTE...", para dar uma idéia de total
dependência face a marduck, e total incapacidade de existência sem o
mesmo, algo similar ao que akhenaton fez ao egito, quando criou seu
culto monoteísta solar a aton.

Durante todo o ano, todos esses servos pertencentes ao grande
rebanho, estiveram tão errados quanto se é possível errar.

A verdade é que duas coisas estão acontecendo ao mesmo tempo, e o
tempo todo, com todas as pessoas e coisas deste planeta.

Elas estão sendo bombardeadas pela linguagem do transcorrer do ano, e
suas psiques estão coletando essa linguagem e tentando dizer a essas
pessoas, que elas deveriam estar em harmonia com essas mudanças, e
sorver tanto a inspiração das mudanças do ano, como também a
sabedoria que isto tem em si, e que a transgressão dessa sabedoria
pode acarretar doenças para a mente, e em decorrência ou diretamente
por causa disso, para o corpo de cada uma dessas pessoas.

A maior prova disso é que Midgard está se tornando um planeta
moribundo, e as pessoas não estão mais se importando com a vida
coletiva de Jord ou Nerthus, e não vêem com respeito a linguagem dos
Deuses, que se traduz pelos fenômenos da natureza, e por outras
fontes (como por exemplo podemos observar a cerca do Seidhr e do
Galdhr).

E por causa disso, a linguagem não verbal ligada a isso, está
simplesmente dizendo:

"...Parem agora! Ou pararemos vocês todos para sempre!..."



Mas ainda temos a questão solar!

A segunda coisa que é mostrada a todos o tempo todo, lida diretamente
com isso, e na verdade se veste disso, sem na verdade ter a ver com
isso!

Sabemos que os relâmpagos estão ligados por exemplo ao sol e a
eletricidade da terra.

Sabemos que os fenômenos da aurora boreal, ocorrem por descargas de
raios-x vindas diretamente do sol.

Sabemos que as tempestades podem também ser causadas pelo sol,
principalmente em seu ciclo de 11 anos, quando então em todo o globo
terrestre ocorrem os avistamentos em maior ou menor intensidade, da
aurora boreal, fato esse que se deve a intensa atividade das manchas
solares deste período.

No entanto, essa "fórmula não verbal" escondida sob Sunna, tem uma
clara e categórica explicação em si mesma.

Tudo se liga diretamente a presença dos termos Ases e Vanes!

Todo o transcorrer das adorações Vanires liga-se a magia terrestre,
as coisas da terra.

Muitos falam de Freir como o Sol, ou as vezes como a Chuva.

Outras falam que Odr, esposo de Freija se compõe dos Raios do Sol.

Vemos a sexualidade de Freija como a Vulva da Terra a ser arada pelo
Sol, pelos Raios, ou pela Chuva.

De forma similar temos a passagem "...Quem vai arar minha vulva? Quem
vai fertilizar meus campos?...", dita por Inanna, ao que Dumuzi
responde prontamente (podemos notar também uma ligação com a Morte de
Baldhur e sua ida com sua esposa Nanna para o Hell).

Notemos também para termos apenas de comparação, que os sumérios
falavam dos Anunnaki, como estando divididos em duas categorias:
Deuses da Terra e Deuses do Céu.

Agora, se observarmos bem e atentamente, os símbolos Aesires também
incorporaram em si características sazonais, e foram identificados
com as estações, da mesma forma que o culto Vanir, e o processo de
solarização como uma casca externa acabou acontecendo, algo que na
verdade é útil, pois separa pelo ato do esforço pessoal, as pessoas
que podem apreender o que está ligado realmente a todo esse contexto.

Mas se nos atermos a direção do culto, veremos que não nos voltamos
para o Leste, onde nasce o Sol, e sim nos voltamos para o Norte, e
não necessariamente o Norte magnético, mas sim o ponto estelar do Céu
onde está a Gigante Poláris, brilhando acima da Constelação de Ursa
Maior.

Devemos ressaltar que em tempos antigos Vega da constelação de Lira,
era a estrela que estaria diretamente ligada ao centro do Pólo Norte
Magnético, e que a 4.000 anos atraz Thuban de Draco, estava no ponto
focal do Pólo Norte do Céu.

Por uma questão informativa ressaltamos que todos os cultos ligados a
essa área do extremo norte celeste, tem alguns pontos em comum.
Thuban por exemplo se liga a um deus do trovão dos desertos, e todos
os ruivos de pele mais clara que nasciam em sua região de culto, eram
dedicados a esse deus do trovão. Veja por sua vez, está ligada até
esses dias ao Culto ao Deus Aesus ou Dagda.

Poláris encerra em si o eixo do culto ao Ases e Vanes.

Essa parte em si é muito importante, na linguagem não verbal de nosso
inconsciente, nossa psique registrou todas essas informações e
conseguiu passar as mesmas, usando justamente do posicionamento de
mundos de Yggdrasil, pois Nephelheim está a norte, mas Aesgard
representada a Norte, está na verdade ligada ao Eixo Vertical.

Ou seja, embora o Eixo do pólo magnético terrestre mude por sua
inclinação (que inclusive é o causa as nossas diferenças de estações
de ano), nos orientaremos para Poláris sempre.

Se observarmos os deuses em si, a linguagem imediata que a psique
capta é que, os ritos sazonais mantém uma outra linguagem, que
encerra os mistérios ligados as Runas, por exemplo Dauths us Siwala
em 24 Widamenoths, e adotada para o sul como sendo em 24
Sullamenoths, está ligada a apreensão de conhecimento após a
introspecção do afastamento do calor do sol, durante o Jiula, quando
então a mente humana, pode receber corretamente os influxos que
revestidos do frio do afastamento do sol, implicam na verdade
nos "ventos frios e estelares" de distantes "estrelas frias", e que
comunicam a nossas psique seu conhecimento o tempo todo, mas
especificamente quando as ROUPAGENS SOLARES estão mais fracas, e a
rotina cotidiana cede lugar a introspecção, e a partir disso a zonas
internas que refletem aquilo que no Norte do Globo Terrestre, é mais
facilmente observável.

Que durante os meses de Escuridão Absoluta, onde até mesmo a Luz de
Manni se oculta por um período, a psique humana está exposta
diretamente a essas estrelas, e a orientação magnética do próprio
globo terrestre, nos faz olhar para o norte, mas o centro norte
celeste, ao qual nos orientamos, e que o eixo da terra em sua
rotação, mesmo que inclinada, mostra uma faixa central que não se
altera continuamente, apenas migra para cercanias próximas, voltando
sempre ao ponto original.

Isso em si para o cosmos do ponto de vista do observador terrestre,
quer dizer que "...As estrelas e Constelações dançam todas elas, em
volta do Norte Celeste...", e que mesmo que este venha a migrar de
volta para Vega em 14.000 anos, nosso eixo central de
desenvolvimento, como nos é codificado pela tradição sempre estará
voltado para Poláris, tal é a métrica Aesgardiana que isso nos traz
em poesia ou em prosa, e tais são os Mistérios ligados a isso.

E então em outros tantos milênios, Poláris retornará ao Eixo central
do Céu, mas a verdade emanada não verbalmente por essa "equação"
continuará a mesma para todos nós.

No entanto os Deuses e as regiões de Aesgard, e a apreensão Vanir em
Meio a Aesgard, demonstram que as regras transcendem a sazonalidade.

Muitos antropólogos tem dito que antes de Ostara o culto era
direcionado para Nerthus, e que após Ostara o Culto foi vertido para
Freija, e esse culto era o culto de fertilidade da Terra, em que seu
consorte poderia ser o Sol (Odhr).

Essas análises não resistem a estudos mais intensos, é claro,
lembrando sempre que o sol em nossa tradição é Sunna.

Mas o que ocorre é que os Deuses da Terra, são deuses de fertilidade,
e apresentam-na sazonalmente, no entanto transcendem diretamente esse
contexto, pois o mesmo Eixo usado para comunicar a linguagem de
imanência através das estações do ano, e dos efeitos da natureza, é
tanto direta como dupla, somente sendo possível sua apreciação mais
clara e mais direta, por via do treinamento.

Todos os corpos estelares, com planetas como a terra, terão
expressões das estações do ano, e portanto tudo que ocorre por aqui,
terá paridade por lá, e nos casos onde não há essa paridade
terrestre, ocorrem equivalentes de similaridade.

Assim sendo a linguagem imanente continuará a ser usada, e a psique
continuará a receber as mesmas e a transmiti-las para a mente
consciente, da melhor forma que puder, por via do inconsciente
inferior direcionando o que o inconsciente superior recolhe e emite.

No entanto o conhecimento de formação do universo, o que vem a
sustenta-lo e o que as roupagens desse conhecimento usam para tal
efeito, se expressa por essa imanência, e por detalhes que vão aos
reinos intermediários, onde as regras físicas operam mais próximas da
fonte do que das roupagens da fonte.

As Runas por exemplo expressam o conhecimento e uso que deriva
diretamente tanto das ROUPAGENS SAZONAIS E SOLARES, como do que se
esconde por traz das mesmas, sendo portanto passíveis de estudos em
suas minúcias para que sejam aferidas as verdades, muitas vezes
aterradoras, que essas Runas apresentam a quem possa se expor a elas.

Assim a sazonalidade, é algo duplo.

Decorre o ano de áreas quentes onde a vida mais cotidiana fala ao ser
humano, mas guarda os segredos em si de áreas internas que vão além
da plenitude ou não do sol.

Decorre o ano onde a terra se afasta do sol, pela inclinação do eixo,
e na verdade a psique pode sorver mais facilmente o conhecimento que
flui dos Mistérios, mas ainda sim pode ocorrer a confusão direta com
a interpretação solar desse conhecimento.

Devemos nos lembrar que Musplhel é algo tão quente que não encontra
limite para se expandir, e que Nephel é algo tão frio que sua
constrição é infinita.

Vemos por exemplo dados sobre o Coração Vermelho da Constelação de
Escorpião, Antares, sabendo que é aproximadamente 700 vezes maior do
que o sol, e sabemos que uma estrela como o sol, ao se tornar uma
gigante vermelha e desenvolver o processo de anã branca, terá então
para isto que desenvolver a temperatura no núcleo de algo como
3x108K , mais que 10 vezes maior que a necessária para a queima de
Hidrogênio.

Para nossas concepções térmicas, é algo quase inconcebível, e o mesmo
pode ocorrer ao analisarmos o fator "Zero Absoluto", onde toda a
vibração atômica cessa suas atividades. Pois isso é algo que nem
mesmo a semivacuidade do espaço consegue reproduzir, jamais chegando
no "Zero Absoluto", e Nephel implicará em si mesmo, em algo que desce
muito além de apenas cessar atividade atômica, Nephel é constritiva
em relação a tudo em níveis infinitos.

No entanto, esses vetores estão salvaguardados dentro da
sazonalidade, do ciclo solar, com uma representação.

Disto destilamos que os Deuses Ases e Vanes, nos falam por meio da
linguagem que podemos ouvir, mas que podem nos apresentar maravilhas
dos mistérios, das Runas, como está categoricamente expresso pela
peculiaridade dos pequenos dados acima.

Por fim, sobrou apenas uma última alusão a ser feita.

Foram citados dados referentes a outras configurações de deuses
acima, e foram mostrados equivalências de termos até um certo ponto.

No entanto, lembremos todos sempre que a linguagem dos Deuses vai até
onde se pode captar, e que ocorreram migrações que tornaram
apreciáveis as muitas formas dessas linguagem, em várias partes do
globo terrestre, por vezes muito separadas entre si.

Cada pessoa acaba se atendo aos limites do que pode reter a partir do
que é emitido no íntimo relacionamento entre a parte inferior e
superior de sua psique, e cada povo construiu o impulso inicial
recebido pelas migrações e contatos, com base em uma linguagem
própria que muitas vezes guarda símbolos similares.

Mas somente os que podem suportar a carga de todo o
conhecimento, "...o sopro do vento norte...", conseguem passar pelas
vestes externas que o conhecimento apresenta, e são chamados diante
do Águia e do Irminsul, pela própria natureza do que o Pólo Norte
Celeste nos traz, e a nós é apresentado.

Contudo, cabe a nosso esforço pessoal, nosso amor por tudo que está
por se descobrir, nossa aptidão para desenvolver o conhecimento, o
desvelar e o aprendizado de tudo que é constantemente oferecido a
todos nós.

Hails Vodan!!

Gutane jer Weihailag

Gudja Aistan Falkar
Irmandade Odinista do Sagrado Fogo
Aliança da Águia Visigoda Midjungard


Estudos sobre a Orientação Estelar dentro do Tradicionalismo Visigodo

Por Gudja Aistan Falkar
Irmandade Odinista do Sagrado Fogo
Aliança da Águia Visigoda Midjungard

Observando a dinâmica apresentada dentro de nossa tradição, nos é
muito fácil perceber um conjunto de fatores, que em si mesmos, nos
mostram duas coisas que são distintas uma da outra, mas que guardam
pontos em comum importantes, e as vezes complementares.

Por exemplo, temos o desenvolvimento das 8 Festas sagradas.

Sabemos mesmo por observação simples, que o desenrolar destas festas
se dá de acordo com os pontos de clímax das estações, e bem como das
áreas intermediárias destas estações.

Podemos observar calmamente o desenvolvimento do nascer do sol, do
transcorrer do ano, de sua morte aparente e de seu renascer,
vinculado ao decorrer do ano.

Observamos ao que está contido no Ragnarock, exatamente nos mesmos
moldes, como um grande poema que celebra o decorrer do ano, mas que
infelizmente foi adulterado, tendo o renascer propiciado por Vidhar
obliterado pela intoxicação cristã.

Vemos que durante a estação do Inverno há o afastamento do sol,
gerando o frio. E que na estação oposta o calor é gerado por sua
aproximação.

E sabemos que, em outras partes do globo terrestre, as mesmas festas
foram celebradas, contudo com uma ligeira alteração de símbolos, por
exemplo a Inanna dos sumérios, desce ao arallu (reino dos mortos) e
tenta convencer Ereshikigal (deusa da morte, de vestes negras e pele
muito pálida, as vezes representada como tendo a face cadavérica),
local esse guardado por uma grande fera, a fazer com que Tamuz (seu
esposo) ressuscite. Ereshikigal concorda desde que por metade do ano
Tamuz (ou Dumuzi), passem no mundo dos mortos, e a outra metade ele
fique no mundo dos vivos, revezando o período do ano com outra deusa,
sendo que a grande cheia e vida do ano aparecem com a presença de
Tamuz no mundo superior.

Há claras similaridades a respeito do Brosingamen aqui, mas para uma
primeira análise isto se refere também aos ciclos solares, durante o
ano.

O Gelo Fervente encontra paridade com o Calor Escaldante na suméria,
e o sol é o elemento que dá pontos de vínculo para estas situações.

Sabemos também que durante nossos Blots o ponto chave de dinamização
do mesmo, está ligado diretamente ao FOGO no centro de tudo.

Sem Loke - Lodge – Laukar – Lodur, é impossível que se possa
estabelecer o ato em si do desenvolvimento do Blot, e a própria
ênfase da atividade da Knesol e da Swástica que deriva dos fluxos
ligados durante o giro de poder.

Podemos dizer que o Blot é dinâmico, por que dinâmica é a vida.

Assim sendo um observador desavisado poderia supor que , pelas
apresentações acima, todo o quadro de adorações e formas de práticas
ligadas a tradição Visigoda, e outras formas Nórdicas, seria
simplesmente um desenvolvimento da mítica do sol, em sua eterna luta
contra as sombras.

Ocorre que este não é o caso!

Primeiramente devemos retornar ao mito de Inanna, o que poderia
parecer estranho para a apresentação deste pequeno material, mas na
verdade pode ser um ponto chave.

Porquê as tradições guardam similaridades, e porque as mantén?

Dumezil diz que as similaridades entre os povos nórdicos e sumérios,
vai além de coincidência.

Tem haver com antigas migrações e pontos de contato, que eram coisas
tão fortes que se mantiveram por mais de 4.500 anos intocadas na
suméria, apesar da presença do Enuma Elish, que adulterou muito do
culto primordial apesar de manter pontos de contato com outros
trechos nórdicos, como a oposição de Donnar e Jourmungand combinadas
com a oposição Aourgermir e os Ases, mas tendo infelizmente roupagens
políticas movendo todo o contexto em si mesmo.

Mas a verdade é que Jung e o Doutor Wilhelm Reich, em seus trabalhos
sobre a psique humana, descobriram algo muito útil para nossos
estudos.

Se observarmos os trabalhos de Jung e Reich, que culminaram sobre a
teoria da "flor dourada", veremos que em vários grupos étnicos
diferenciados, e muitas vezes sem contato entre si, símbolos
universais acabam sempre aparecendo que transcendem qualquer conceito
de "arquétipo de uma raça", parecendo aludir a uma possibilidade
maior, indicando uma comunicação violenta que traduz meios de
desenvolvimento de toda a humanidade, porém acessível em sua
totalidade e essência central somente a quem possa suportar expor-se
a natureza da mônada central, em si mesma.

Observando então a estrutura das 8 festas do decorrer do ano, veremos
que claramente é algo que sempre carregará a idéia da presença solar,
e do drama da presença do sol ou seu afastamento.

Mas isso não retirará em momento nenhum a seguinte colocação:



"...Então trata-se de uma adoração ao sol, com pontos em volta dele,
como é o caso do zodíaco e do sol ao centro?..."



Felizmente não!

O culto aos Ases e Vanes, volta-se para o Norte e principalmente para
a região Estelar de Poláris. E podemos salientar que Sagalla ou
Kaksisa, como era conhecida Sírius na Suméria, também era a estrela
Rainha e símbolo do deus pai dos anunnaki, Anu.

Então ficará outra colocação:



"...Como pode então algo tão solar, ter algo em comum um culto a uma
estrela tão longínqua, que pode ser considerada como sendo
uma "Estrela Fria", e que não afeta a vida das pessoas no decorrer do
ano?..."



Ficará então claro que a observação foi feita apenas nas bordas do
culto em si, nunca indo além da área fronteiriça inicial, e devemos
salientar também que este erro conduziu inúmeras aberrações durante
as primeiras décadas do século vinte, que culminaram em somatórias
que nada tinham de tradicionais, usadas como desculpa para uma
prática cristã solarizada, vinculada a conceitos nórdicos surrupiados
( é desnecessário dizer do que se trata esta parte).

Como foi citado acima, os estudos de Jung e Reich demonstram
claramente que a mente de cada humano, por mais desprezível que o
seja, reproduz uma "Linguagem muitas vezes Não Verbal", que apesar
dele mesmo desconhecer ou nega-la, faz cada um desses humanos quando
inconseqüentes, apenas reféns do transcorrer do ano, e do que essas
roupagens sazonais são em si mesmas.

Durante todo o ano pessoas se apaixonam ao chegar a primavera, ficam
deprimidas com o frio ou o inverno, se juntam para celebrar o começo
do ano (quer seja em um clima onde o frio e a neve marquem essa data,
ou quer seja no hemisfério sul do planeta).

Durante todo o ano a Luz, marca o nascimento de crianças, estimula
pedidos de casamento, afeta a mente de assassinos seriais, e marca em
sua passagem a vida das pessoas, o crescimento de plantas, épocas de
pescaria, e muitos outros detalhes.

Durante todo o ano, ouvimos pessoas monoteístas inflamadas em seu
ódio, solicitando que "esses ídolos" sejam destruídos pois são
mentiras, e seus símbolos são o próprio demônio.

Durante todo o ano, elas foram reféns de tudo que dizem não existir,
não influenciar e não acontecer, e quando admitem o fato negam
qualquer verdade antiga, dizendo que tudo é vontade de algo tirânico,
que como o marduck do enuma elish, assassinou a liberdade de
arbítreo, reunindo em torno de si a autoridade de fazer qualquer
coisa que quiser cercando-se de deuses menores escravos, hoje
chamados de anjos, e gerando humanos a partir de um
dos "...antigos...", um deus que é chamado no enuma elish
de "...IDIOTA E INCOMPETENTE...", para dar uma idéia de total
dependência face a marduck, e total incapacidade de existência sem o
mesmo, algo similar ao que akhenaton fez ao egito, quando criou seu
culto monoteísta solar a aton.

Durante todo o ano, todos esses servos pertencentes ao grande
rebanho, estiveram tão errados quanto se é possível errar.

A verdade é que duas coisas estão acontecendo ao mesmo tempo, e o
tempo todo, com todas as pessoas e coisas deste planeta.

Elas estão sendo bombardeadas pela linguagem do transcorrer do ano, e
suas psiques estão coletando essa linguagem e tentando dizer a essas
pessoas, que elas deveriam estar em harmonia com essas mudanças, e
sorver tanto a inspiração das mudanças do ano, como também a
sabedoria que isto tem em si, e que a transgressão dessa sabedoria
pode acarretar doenças para a mente, e em decorrência ou diretamente
por causa disso, para o corpo de cada uma dessas pessoas.

A maior prova disso é que Midgard está se tornando um planeta
moribundo, e as pessoas não estão mais se importando com a vida
coletiva de Jord ou Nerthus, e não vêem com respeito a linguagem dos
Deuses, que se traduz pelos fenômenos da natureza, e por outras
fontes (como por exemplo podemos observar a cerca do Seidhr e do
Galdhr).

E por causa disso, a linguagem não verbal ligada a isso, está
simplesmente dizendo:

"...Parem agora! Ou pararemos vocês todos para sempre!..."



Mas ainda temos a questão solar!

A segunda coisa que é mostrada a todos o tempo todo, lida diretamente
com isso, e na verdade se veste disso, sem na verdade ter a ver com
isso!

Sabemos que os relâmpagos estão ligados por exemplo ao sol e a
eletricidade da terra.

Sabemos que os fenômenos da aurora boreal, ocorrem por descargas de
raios-x vindas diretamente do sol.

Sabemos que as tempestades podem também ser causadas pelo sol,
principalmente em seu ciclo de 11 anos, quando então em todo o globo
terrestre ocorrem os avistamentos em maior ou menor intensidade, da
aurora boreal, fato esse que se deve a intensa atividade das manchas
solares deste período.

No entanto, essa "fórmula não verbal" escondida sob Sunna, tem uma
clara e categórica explicação em si mesma.

Tudo se liga diretamente a presença dos termos Ases e Vanes!

Todo o transcorrer das adorações Vanires liga-se a magia terrestre,
as coisas da terra.

Muitos falam de Freir como o Sol, ou as vezes como a Chuva.

Outras falam que Odr, esposo de Freija se compõe dos Raios do Sol.

Vemos a sexualidade de Freija como a Vulva da Terra a ser arada pelo
Sol, pelos Raios, ou pela Chuva.

De forma similar temos a passagem "...Quem vai arar minha vulva? Quem
vai fertilizar meus campos?...", dita por Inanna, ao que Dumuzi
responde prontamente (podemos notar também uma ligação com a Morte de
Baldhur e sua ida com sua esposa Nanna para o Hell).

Notemos também para termos apenas de comparação, que os sumérios
falavam dos Anunnaki, como estando divididos em duas categorias:
Deuses da Terra e Deuses do Céu.

Agora, se observarmos bem e atentamente, os símbolos Aesires também
incorporaram em si características sazonais, e foram identificados
com as estações, da mesma forma que o culto Vanir, e o processo de
solarização como uma casca externa acabou acontecendo, algo que na
verdade é útil, pois separa pelo ato do esforço pessoal, as pessoas
que podem apreender o que está ligado realmente a todo esse contexto.

Mas se nos atermos a direção do culto, veremos que não nos voltamos
para o Leste, onde nasce o Sol, e sim nos voltamos para o Norte, e
não necessariamente o Norte magnético, mas sim o ponto estelar do Céu
onde está a Gigante Poláris, brilhando acima da Constelação de Ursa
Maior.

Devemos ressaltar que em tempos antigos Vega da constelação de Lira,
era a estrela que estaria diretamente ligada ao centro do Pólo Norte
Magnético, e que a 4.000 anos atraz Thuban de Draco, estava no ponto
focal do Pólo Norte do Céu.

Por uma questão informativa ressaltamos que todos os cultos ligados a
essa área do extremo norte celeste, tem alguns pontos em comum.
Thuban por exemplo se liga a um deus do trovão dos desertos, e todos
os ruivos de pele mais clara que nasciam em sua região de culto, eram
dedicados a esse deus do trovão. Veja por sua vez, está ligada até
esses dias ao Culto ao Deus Aesus ou Dagda.

Poláris encerra em si o eixo do culto ao Ases e Vanes.

Essa parte em si é muito importante, na linguagem não verbal de nosso
inconsciente, nossa psique registrou todas essas informações e
conseguiu passar as mesmas, usando justamente do posicionamento de
mundos de Yggdrasil, pois Nephelheim está a norte, mas Aesgard
representada a Norte, está na verdade ligada ao Eixo Vertical.

Ou seja, embora o Eixo do pólo magnético terrestre mude por sua
inclinação (que inclusive é o causa as nossas diferenças de estações
de ano), nos orientaremos para Poláris sempre.

Se observarmos os deuses em si, a linguagem imediata que a psique
capta é que, os ritos sazonais mantém uma outra linguagem, que
encerra os mistérios ligados as Runas, por exemplo Dauths us Siwala
em 24 Widamenoths, e adotada para o sul como sendo em 24
Sullamenoths, está ligada a apreensão de conhecimento após a
introspecção do afastamento do calor do sol, durante o Jiula, quando
então a mente humana, pode receber corretamente os influxos que
revestidos do frio do afastamento do sol, implicam na verdade
nos "ventos frios e estelares" de distantes "estrelas frias", e que
comunicam a nossas psique seu conhecimento o tempo todo, mas
especificamente quando as ROUPAGENS SOLARES estão mais fracas, e a
rotina cotidiana cede lugar a introspecção, e a partir disso a zonas
internas que refletem aquilo que no Norte do Globo Terrestre, é mais
facilmente observável.

Que durante os meses de Escuridão Absoluta, onde até mesmo a Luz de
Manni se oculta por um período, a psique humana está exposta
diretamente a essas estrelas, e a orientação magnética do próprio
globo terrestre, nos faz olhar para o norte, mas o centro norte
celeste, ao qual nos orientamos, e que o eixo da terra em sua
rotação, mesmo que inclinada, mostra uma faixa central que não se
altera continuamente, apenas migra para cercanias próximas, voltando
sempre ao ponto original.

Isso em si para o cosmos do ponto de vista do observador terrestre,
quer dizer que "...As estrelas e Constelações dançam todas elas, em
volta do Norte Celeste...", e que mesmo que este venha a migrar de
volta para Vega em 14.000 anos, nosso eixo central de
desenvolvimento, como nos é codificado pela tradição sempre estará
voltado para Poláris, tal é a métrica Aesgardiana que isso nos traz
em poesia ou em prosa, e tais são os Mistérios ligados a isso.

E então em outros tantos milênios, Poláris retornará ao Eixo central
do Céu, mas a verdade emanada não verbalmente por essa "equação"
continuará a mesma para todos nós.

No entanto os Deuses e as regiões de Aesgard, e a apreensão Vanir em
Meio a Aesgard, demonstram que as regras transcendem a sazonalidade.

Muitos antropólogos tem dito que antes de Ostara o culto era
direcionado para Nerthus, e que após Ostara o Culto foi vertido para
Freija, e esse culto era o culto de fertilidade da Terra, em que seu
consorte poderia ser o Sol (Odhr).

Essas análises não resistem a estudos mais intensos, é claro,
lembrando sempre que o sol em nossa tradição é Sunna.

Mas o que ocorre é que os Deuses da Terra, são deuses de fertilidade,
e apresentam-na sazonalmente, no entanto transcendem diretamente esse
contexto, pois o mesmo Eixo usado para comunicar a linguagem de
imanência através das estações do ano, e dos efeitos da natureza, é
tanto direta como dupla, somente sendo possível sua apreciação mais
clara e mais direta, por via do treinamento.

Todos os corpos estelares, com planetas como a terra, terão
expressões das estações do ano, e portanto tudo que ocorre por aqui,
terá paridade por lá, e nos casos onde não há essa paridade
terrestre, ocorrem equivalentes de similaridade.

Assim sendo a linguagem imanente continuará a ser usada, e a psique
continuará a receber as mesmas e a transmiti-las para a mente
consciente, da melhor forma que puder, por via do inconsciente
inferior direcionando o que o inconsciente superior recolhe e emite.

No entanto o conhecimento de formação do universo, o que vem a
sustenta-lo e o que as roupagens desse conhecimento usam para tal
efeito, se expressa por essa imanência, e por detalhes que vão aos
reinos intermediários, onde as regras físicas operam mais próximas da
fonte do que das roupagens da fonte.

As Runas por exemplo expressam o conhecimento e uso que deriva
diretamente tanto das ROUPAGENS SAZONAIS E SOLARES, como do que se
esconde por traz das mesmas, sendo portanto passíveis de estudos em
suas minúcias para que sejam aferidas as verdades, muitas vezes
aterradoras, que essas Runas apresentam a quem possa se expor a elas.

Assim a sazonalidade, é algo duplo.

Decorre o ano de áreas quentes onde a vida mais cotidiana fala ao ser
humano, mas guarda os segredos em si de áreas internas que vão além
da plenitude ou não do sol.

Decorre o ano onde a terra se afasta do sol, pela inclinação do eixo,
e na verdade a psique pode sorver mais facilmente o conhecimento que
flui dos Mistérios, mas ainda sim pode ocorrer a confusão direta com
a interpretação solar desse conhecimento.

Devemos nos lembrar que Musplhel é algo tão quente que não encontra
limite para se expandir, e que Nephel é algo tão frio que sua
constrição é infinita.

Vemos por exemplo dados sobre o Coração Vermelho da Constelação de
Escorpião, Antares, sabendo que é aproximadamente 700 vezes maior do
que o sol, e sabemos que uma estrela como o sol, ao se tornar uma
gigante vermelha e desenvolver o processo de anã branca, terá então
para isto que desenvolver a temperatura no núcleo de algo como
3x108K , mais que 10 vezes maior que a necessária para a queima de
Hidrogênio.

Para nossas concepções térmicas, é algo quase inconcebível, e o mesmo
pode ocorrer ao analisarmos o fator "Zero Absoluto", onde toda a
vibração atômica cessa suas atividades. Pois isso é algo que nem
mesmo a semivacuidade do espaço consegue reproduzir, jamais chegando
no "Zero Absoluto", e Nephel implicará em si mesmo, em algo que desce
muito além de apenas cessar atividade atômica, Nephel é constritiva
em relação a tudo em níveis infinitos.

No entanto, esses vetores estão salvaguardados dentro da
sazonalidade, do ciclo solar, com uma representação.

Disto destilamos que os Deuses Ases e Vanes, nos falam por meio da
linguagem que podemos ouvir, mas que podem nos apresentar maravilhas
dos mistérios, das Runas, como está categoricamente expresso pela
peculiaridade dos pequenos dados acima.

Por fim, sobrou apenas uma última alusão a ser feita.

Foram citados dados referentes a outras configurações de deuses
acima, e foram mostrados equivalências de termos até um certo ponto.

No entanto, lembremos todos sempre que a linguagem dos Deuses vai até
onde se pode captar, e que ocorreram migrações que tornaram
apreciáveis as muitas formas dessas linguagem, em várias partes do
globo terrestre, por vezes muito separadas entre si.

Cada pessoa acaba se atendo aos limites do que pode reter a partir do
que é emitido no íntimo relacionamento entre a parte inferior e
superior de sua psique, e cada povo construiu o impulso inicial
recebido pelas migrações e contatos, com base em uma linguagem
própria que muitas vezes guarda símbolos similares.

Mas somente os que podem suportar a carga de todo o
conhecimento, "...o sopro do vento norte...", conseguem passar pelas
vestes externas que o conhecimento apresenta, e são chamados diante
do Águia e do Irminsul, pela própria natureza do que o Pólo Norte
Celeste nos traz, e a nós é apresentado.

Contudo, cabe a nosso esforço pessoal, nosso amor por tudo que está
por se descobrir, nossa aptidão para desenvolver o conhecimento, o
desvelar e o aprendizado de tudo que é constantemente oferecido a
todos nós.

Hails Vodan!!

Gutane jer Weihailag

Gudja Aistan Falkar
Irmandade Odinista do Sagrado Fogo
Aliança da Águia Visigoda Midjungard