quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Nibelungos: Tradição e Segredos!



Háils Ansjus jah Wanus!
Háisl Eomersyl!
Háils Abraba Abrs Galdr
Háils Visigoths!
Háils Aliança da Águia Visigoda!


Niflungr

O termo alemão “...Nibelungen...” e os seus correspondentes em Old Norse Niflung “...Niflungr...”, é o nome em germânico da mitologia nórdica relativa a família real ou linhagem dos burgúndios, que se instalaram em Worms. A grande riqueza dos burgúndios é muitas vezes referida como o Tesouro Niblung - ou tesouro Niflung.
Em alguns textos alemães, os Nibelungos aparecem como nome dos supostos donos originais daquele tesouro, ou o nome de um dos reis de um povo conhecido como “...Os Nibelungos...”, ou em sua forma variante “...Nybling...”, como o nome de um anão ou de uma raça de anões, muitas vezes como um povo Swartalf.
Na ópera de Richard Wagner, o ciclo de “...Der Ring des Nibelungen...”, Nibelung denota um anão, ou talvez uma raça específica dos mesmos.
É dito que o poder conferido aos Nibelungos era imenso, e que em meio a tradição nórdica ocorre a citação de que:

“...Nos céus quem impera são os deuses, nas montanhas os Trols em seus cumes, porém sobre a Terra os regentes são os Nibelungos...”.

Há uma séria de interações que uma vez entendidas em relação à tradição vinculada aos Nibelungos, podem abrir realmente seus salões e tesouros para a mente devidamente preparada.
A tradição burgúndia lhe determina uma origem escandinava encontrando suporte na evidência dos topônimos e na arqueologia (Stjerna) e muitos consideram essa tradição como correta.
Possivelmente, por que a Escandinávia estava além do horizonte das antigas fontes romanas, eles não sabiam de onde os burgúndios vinham, e as primeiras referências romanas os localizavam a leste do Rio Reno. Fontes romanas antigas indicam que eles eram simplesmente outra tribo germânica oriental.
Aproximadamente em 300, a população de Bornholm (ilha dos burgúndios), desapareceu quase totalmente da ilha. Muitos cemitérios pararam de ser usados, e naqueles que ainda eram usados havia poucos sepultamentos.
No ano de 369, o imperador Valentiniano I, alistou-os para ajudá-lo na sua guerra contra as tribos germânicas, os alamanos. Nessa época, os burgúndios possivelmente viviam da bacia do Vístula, de acordo com o historiador dos godos. Algum tempo após a guerra contra os alamanos, os burgúndios foram derrotados em batalha por Fastida, rei dos gépidas, sendo subjugados e quase aniquilados.
Aproximadamente quatro décadas depois, os burgúndios reapareceram. Seguindo a retirada das tropas do general romano Estilicão para atacar Alarico I, os visigodos em 406-408, as tribos do norte cruzaram o rio Reno e entraram no Império Romano na Völkerwanderung ou “...migrações dos povos bárbaros...”. Entre elas estavam os alanos, vândalos, suevos e possivelmente os burgúndios. Os burgúndios migraram para oeste e se estabeleceram no vale do Reno.
Neste período, a aproximação das tribos em oposição aos ataques dos hunos e a tirania romana, tornou praticamente impossível o contato e mesmo a vinda de partes de oustrogodos para os visigodos e de visigodos para oustrogodos, sendo que muitos suevos, alanos, vândalos e com os mesmos burgúndios acabaram passando pelo mesmo processo.
Alguns autores defendem a origem do nome "...visigodo..." na palavra “...Visi  ou Wesa...” - "...bom..." - e do nome Ostro, de “...astra...” – “...resplandescente...”.
Mas a opinião mais consagrada considera a origem da palavra na denominação de "...godos do oeste...", do alemão "...Westgoten...", "...Wisigoten..." ou "...Terwingen...", por comparação com os “...ostrogodos...” ou "...godos do leste..." — em alemão "...Greutungen...", "...Ostrogoten..." ou "...Ostgoten...”.
Os vestígios visigóticos em Portugal e Espanha incluem várias igrejas e descobertas arqueológicas crescentes, mas destaca-se também a notável quantidade de nomes próprios e apelidos que deixaram nestas e noutras línguas românicas.
Os visigodos foram o único povo a fundar cidades na Europa ocidental após a queda do Império Romano e antes do pontuar dos carolíngios.
Contudo o maior legado dos visigodos foi o Direito visigótico, com o Liber iudiciorum, código legal que formou a base da legislação usada na generalidade da Ibéria cristã medieval durante séculos após o seu reinado, até ao século XV, já no fim da Idade Média.
Em retorno aos Bungúrdios, é sabido que por um período foram amigáveis com os hunos, inclusive na citação sobre o “...Anel fos Nibelungos...”, Kremhild desposa Átila, rei dos hunos – e devemos notar que a língua usada pelos próprios unos era a dos visogodos, Átila quer dizer “...Pequeno Pai...” em gótico, e isso extreita em muito as ligações e vínculos das tradições ligadas aos “...Niflungr...”, principalmente no que tange aos “...Warms...”, ou dragões que tanto estão inseridos em meio a estas tradições, principalmente nas citações sobre seus potentes e por vezes perigosos tesouros.
Se por um breve momento pararmos para analisar toda a tradição ligada a metodologia sobre a confecção dos “...anéis de poder...” em meio a tradição setentrional, verificaremos que é muito antiga a arte, citação e uso deste meio para desencadear encantos ou métodos de magia diversos.
É citado no Skáldskaármal que os filhos de Ivald, Brokki e Eitri, dois habitantes de Nidavelir, cidadela dos anões e reino fronteiriço a Hell, eram dotados de uma habilidade tão extrema em produzir arte e magia, que a eles o próprio Loki recorreu para que fizessem uma cabeleira para Sif – pois Loki havia cortado até o raiz seus belos cabelos negros, por divertimento – e os dois irmãos criaram cabelos finíssimos feitos de ouro, que possuíam movimento por si mesmos.
Também solicitou Loki aos irmãos que fossem feitos presentes para Ferir e para Wotan, para aplacar a ira dos mesmos, de tal forma que intercedessem em seu favor quando voltasse, e assim a Gungnir de Wotan e o navio Skidbladnir de Freir, foram criados ao mesmo tempo em que a cabeleira de Sif foi feita.
Ao concluírem o trabalho, Loki reconheceu o feito, porém em sua habilidade imensa de “...cantar a seu próprio dano...”, ao invés de levar os cabelos para Sif, e desta forma aplacar a ira de Thor, exposo da Deusa - e mais, além de não enviar os tesouros de Freir e Wotan - desafiou aos dois filhos de Ivald, alegando que não poderíam terminar 3 trabalhos tão belos e explêndidos, exatamente no mesmo período de tempo que usaram  para fazer os cabelos vivos de Sif.
Os Dwarfs aceitaram, e Brokki alegou que seu irmão Eitri sozinho poderia fazê-lo, porém pediram um pagamento diferente nesta empreitada, queríam a cabeça de Loki.
Apesar de atrapalhados pelo deus do fogo, lograram êxito e Loki deixou-se ter a cabeça cortada, mas exigiu que os presentes fossem entregues primeiro, inclusive os novos presentes feitos por Eitri, e que um banquete lhe fosse dado como último desejo.
Os Aesgardianos acabaram indo até os anões e solicitando que a cabeça de Loki fosse devolvida a seu corpo, de tal forma que ele voltasse a vida, coisa que os habilidosos irmãos acabaram fazendo.
Os presentes enviados a Aesgard foram: o Gullinburst, o javali dourado de Freir; o Mjoulnir de Thor e o anel Draupnir de Wotan.
É dito que o Draupnir a cada 9 dias goteja outros 9 anéis de igual peso, feitos do mais puro ouro, como o próprio Draupnir.
Em outra Saga da tradição Nórdica, Wileand – também conhecido como Völundr -  que foi treinado nas artes da forja e dos segredos dos Dwarfs por Alberich (Regin) e Goldmar, que mataram seu pai o Gigante Vadoso, por não querem perder a riqueza que Wileand estava lhes proporcionando como aprendiz que já havia ultrapassado os dois anões.
Wileand vingou-se dos dois anões e foi embora com um saco contendo jóias para si, e levou consigo um anel mágico que o próprio Mime, da raça dos Nibelungos havia forjado há muito tempo, que causava o poder de desencadear o amor desenfreado pelo usuário do anel, por quem quer que o usuário assim o deseje.
As artes de Mime são bem conhecidas, entre as mesmas a confecção de um objeto que dá ao seu portador a habilidade de ficar invisível, e em verdade o mesmo Alberich citado como mestre de Wileand é aquele que já havia entrado em embate com Mime, tempos antes.
Em verdade, O tesouro Nibelungo e o Anel ao quel está ligado o mesmo, estavam repousando no fundo do rio Reno – o que dá em si já  aproximidade com os Burgúndios, como vimos acima -  vigiados pelas filhas de Hler e Ran – chamadas de Atlas, as nove mães de Heimdallr.
Este terouro que originalmente era de posse dos Niflungr, possuí um anel terrível como seu centro e vínculo.
Na saga dos Volsungos, há detalhes muito úteis sobre este assunto, citando inclusive o “...Warm...”  - Dragão – Fafnir.
Fafnir - ou Fáfnir; Frænir, em nórdico antigo - é o filho do rei anão Hreidmar e irmão de Regin e Ótr.
Ele é um anão com um braço poderoso e uma alma sem medo. Após Ótr ser morto por Loki, o Dward Hreidmar recebe o Andvarinaut como recompensa, um anel poderoso e amaldiçoado.
Fafnir e Regin matam seu pai pelo ouro, mas Fafnir decide tomar posse completa do tesouro e se torna um dragão, afugentando Regin para longe.
Regin envia seu aprendiz Siegfried para matá-lo, e o jovem parte para a toca do inimigo, matando-o e banhando-se em seu sangue, ganhando-se assim invulnerabilidade, exceto por um dos ombros, coberto por uma folha.
Regin então pede a Siegfried o coração de Fafnir, e Siegfried também bebe um pouco do sangue do dragão, ganhando a habilidade de entender a língua dos pássaros.
Os pássaros o alertam para matar Regin, que tramava a morte do jovem.
Siegfried ao matar Regin e salvar-se do que lhe era reservado, passa a consumir o coração do dragão, recebendo o dom da sabedoria em decorrência disso.
Os detalhes abordados acima, somam-se a outros que agora serão aludidos, e cuja soma nos leva a outros patamares.
Analisando a tradição sententrional, veremos que a mesma contém dados que passam despercebidos pela maioria de seus usuários, e mesmo da população que toma contato com a mesma, e em meio a esta encontramos os especialistas em etimologia e história, assim como antropologia e arqueologia, que lidam com a região setentrional, seus povos, costumes e o que veio a gerá-los.
Primeiramente notamos um dado muito interessante, ligado aos Nibelungos, que levanta questões pois não há, diretamente nada indicando o motivo para o desenrolar dos eventos daquela forma.
Fafnir, que na obra de Wagner é citado como um Jotun/Bardas – um Gigante – é igualmente em outros textos também tradicionais, citado como sendo um dos Nibelungos, que são chamados de Anões – Dwarvs – ao assumir o Anel que pertenceu a Andvari, pois o mesmo foi forjado para atrair mais ouro, riquezas e metais valiosos, leva consigo igualmente a maldição de Andvari.
Este texto é Andvarinaut - a oferta de Andvari – e nele vemos que Loki após capturar o anão, jamais usa o anel pois este foi amaldiçoado para matar qualquer um que o use, e decide deixar o anel com o rei que mantém a Wotan e Thor como seus cativos, até o retorno de Loki com “...Um tesouro proporcional a quantidade de cabelos do filho morto de Hreidmar...”.
Este coloca o anel, e o anel gera cobiça em seus outros dois filhos, Fafnir e Regin, que o matam e depois entram em conflito pelo ouro, sendo que Fafnir decide que ficará com tudo, e para tanto convertesse em um Dragão “...Waurms...”, exatamente como o Niddhog da tradição nórdica, que vive dos cadáveres de mortos e das raízes da Yggdrasil/Eomersyl.
Notavelmente o ouro exerce sua presença em várias passagens dentro da tradição nórdica – um povo mercante não poderia ser diferente – e vemos que a guerra entre Ansjus e Wanjus – Aesires e Vanires – ocorre por conta de Gullveig – a Inebriada por Ouro – que demonstra ser a Seidkhona – feiticeira – por Excelência não sendo afetada nem mesmo pelo fogo – o que a torna imune a Muspellheim e a Surtur – pois ela retorna em radiante resplendor da pira onde os Aesires a colocaram, por não suportar mais suas afirmações e palavras, habilmente preparadas para somente citar o desejo por ouro, e causar a guerra em decorrência.
Em outra passagem, já citada acima Loki – mais uma vez, já que foi ele mesmo que matou o filho de Hreidmar – desencadeia a confecção do anel Draupnir, que Wotan usa.
E na balada de Wileand, o Anel de Mimir causa o controle sobre qualquer um que o usuário queira, porém esfriando-lhe o coração em decorrência.
O ouro sendo um símbolo de poder e valor, é freqüentemente associado com utensílios para rituais e práticas dos mais variados tipos, nas mais variadas tradições, tanto por ser raro e caro, sendo um símbolo de poder, quanto por ser incorruptível.
Mas o principal fato que tantas vezes passa despercebido, é que Fafnir – as vezes Jotun as vezes Nibelungo - simplesmente se torna um Dragão, que na tradição Setentrional simplesmente é uma das “...incontáveis serpentes que habitam nos Onze Rios Envenenados, o Elivagar, que brotam de Hvelgermir, em alguns casos citado como Hvelgaldr
Os onze rios associados tradicional com o Élivágar são: o Svöl, o Gunnthrá, o Fjörm, o Fimbulthul, o Slíd, o Hríd, o Sylgr, o Ylgr, o Víd, o Leiptr e o Gjöll - o qual fluí à porta do Hel, e somente pode ser atravessado pela ponte Gjallarbrú, a qual dá acesso ao próprio Hel - embora muitos outros rios adicionais sejam mencionados na Edda.
O Élivágar figura também na origem de Ymir, o primeiro gigante. De acordo com Vafthrúdnismál, Ymir foi formado do veneno que gotejou dos rios, após o contato original do fogo em constante crescimento de Muspelheim, com o frio e gelo intermináveis de Nifhelheim, que se tocaram em meio ao Gnnugagap, o abismo que os separava, o qual foi preenchido pelo veneno, em estado líquido graças ao fogo de Muspelheim.
Já no texto Gylfafinning indica-se que:

“...muitas serpentes estão em Hvergelmir, tais e quais a Nídhögg, e são tantas e tais que nenhuma língua pode contar a quantidade das mesmas...".

 Estas serpentes são a fonte do veneno que gerou a Ymir, e justamente é nisto que tanto Fafnir quanto um dos grandes inimigos de Beowulf, vem no final de sua vida enfrentar justamente um waurms, e as condições lidam justamente com a concepção de tesouro, e roubo de uma peça ornamental do mesmo.
Segundo a tradição setentrional, sobre este ponto, é dito que:

“...Cinquenta anos após ser coroado rei, Beowulf necessita livrar seu reino de um dragão que se enfureceu após um servo do reino de Beowulf, tê-lo despertado roubando uma taça de seu tesouro ancestral, guardado sob a terra numa mamoa - um monte funerário feito pelo homem. Beowulf, munido de uma espada e um escudo de ferro, entra na caverna onde se encontra o tesouro e o Worm cuspidor de fogo, diglandiando-se com o mesmo. Wiglaf, o mais fiel dos seus guerreiros, entra na caverna e ajuda o rei a matar a criatura, derrubada por um golpe direto da espada de Beowulf. Esta termina sendo a última aventura do herói, que morre devido às terríveis feridas causadas pelo monstro...”

Em geral estas passagens são tais e quais outros, como a do Anel dos Nibelungos, citando os dragões como seres que cuidam eternamente de seus tesouros, estando tão ligados aos mesmos que ao sumir a menor peça – quanto mais o coração do tesorou como o Anel dos Nibelungos – se enfurecem pois uma coisa e a outra coisa, não podem ser separados.
Contudo o que dá aos anões, que muitas vezes são vistos como seres diferentes dos Swartalfs – Elfos Escuros – e são habitantes de Nidavellir, a moradia subterrânea e fronteiriça ao reino de Hel, a capacitade de virem a se tornar Serpentes Gigantes, Worms, similares ao Niddhog que figura no Ragnarok?
A resposta a isso tanto está na tradição setentrional, como é ocultada pela mesma!
Como pode ser verificado, o termo baugr -  ring, círculo ou anel – é adjunto em old norse ao termo hringr - circle , círculo ou roda – e isto torna a ambos muito próximos e sinômimos em verdade de uma palavra que é muito difícil de ser corretamente traduzida no old norse, mas que signigica igualmente “...círculo ou roda...”, ou seja o termo “...hvel...” – em inglês whell -  que dá igualmente vínculos com a concepção de “...fonte ou nascente...”.
Associado a isso termos o termo em Old Norse galdr, que é uma palavra a qual deriva de um termo para encantamento ou canto, ou seja o termo  “...gala...”  - Antigo Alto Alemão e Inglês Antigo: galan - com um sufixo indo-europeu-tro, sendo que no antigo alto alemão, o sufixo “...stro...”, acaba gerando Galster vez.
A decorrência da linguística acaba gerando o termo “...gealdor...”, que no Inglês Antigo vem a ser o termo “...Galdor...” e bem como “...äldre...”, o qual defini "...feitiço, encantamento, bruxaria...", guardando vínculos imediatos com o  verbo “...galan...”, significando portanto "...cantar...”.
Relacionadas, portanto com termo “...giellan...”, o verbo ancestral para o termo moderno em inglês para gritar, e também com o “...gala að...” islandês, que é o  verbo "...cantar, gritar, gritar...", o qual é o termo “...Gillen...”, da língua holandesa.
Em antigo alemão termo “...galstar...”, e no alto alemão “...Galster...” , o qual siginifica “...canção e encantamento...” – como citado em Konrad von Ammenhausen Schachzabelbuch 167b - sobrevivendo em alemão moderno no termo “...Galsterei, o qual siginifica feitiçaria, assim como em  Galsterweib, que siginifica bruxa...”.
Germir implica em “...fervente ou reverberante...”, no sentido de algo que continuamente está atuante ou simplesmente possúi um som estrondoso.
Uma vez que o Veneno que dá poder de Vida, nascido no mundo da Morte da terra da Escuridão ou Neblina, com é o caso de “...Nifhelheim...”, para gerar o primeiro Jotun, Ymir, e sendo os Nibelungos citados como sendo os “...Niflungr...”, cuja tradução simplesmente é “...habitantes de Nifel...”, aqueles que vem de “...Nifheleheim...”, os mesmos não podem ser os mesmos anões que são citados como tendo nascido dos vermes que brotaram do corpo de Ymir - após os Aesires o terem eliminado, na primeira guerra Jotun/Aesir – ou são estes contudo diferenciados em grau de potência, com a habilidade para expandir o uso do veneno dos Waurms de Hvelgermir, dentro de sí mesmos, expondo então sua natureza “...serpentforme...”.
Devemos nos lembrar ainda mais enfaticamente, que o primeiro deus, Buri, estava dentro do veneno congelado de Nifhelheim, e somente foi solto no pós encontro das chamas de fogo expansivo de Muspelheim com Gelo constritivo envenenado de Nifhelheim.
Do centro do Veneno veio Buri – cujo nome é de tradição incerta por vezes aceita como sendo “...Imenso ou Produtor...” - e de Buri veio Bor, o qual desposou Bestla, mãe de Hoenir, Lodur e Wotan, e sendo que a presença do fogo de Muspelheim causou movimento no Veneno que deu a habilidade de locomoção ao mesmo, gerando os rios, que encheram Gnnugagap, e depois que engendraram Ymir, o que nos leva a supor se o poder imenso presente em Buri, em Bor e nos netos de Buri, os Aesires, não lida diretamente com a presença da quantidade deste “...Veneno...” dos “...Waurms...”, que está claramente em atividade conjunta com o fogo de Muspelheim, tanto por haver movimento quanto pela descência materna dos Aesires.
Aplicando a isso o fato de que, segundo a tradição setentrional como foi acima citado no texto Gylfafinning, onde é dito que “...são incontáveis as serpentes que habitam em Hvelgermir e no Elivagar...”, sendo portando a fonte do poder ou veneno das águas dali, as próprias serpentes, que são geradas pela existência de Nifhelheim, sendo os próprios e naturais habitantes da terra da escuridão e por vezes da morte – como é citado em alguns textos, que vêem a Nifhel como o reino de Hella, tendo o Hel simplesmente como sua área capital, e noutros casos sendo o Nifhel o próprio mundo dos mortos subdividido em 9 níveis, tendo sido reservado para os desonrados o Nastrond, onde são literalmente “...fervidos no veneno dos Waurms de Nifhelheim...”.
A conclusão imediata é de que os Niflungr e os Waurms são unicamente um único povo, mas que sua expressão e representação em meio aos muitos textos, de muitos locais diferentes, modificados pela presença da escrita medievalista e presença cristã posteriores, inclusive ideais de cavalaria medieval e concepções por vezes voltadas a concepção da “...serpente bíblica como inimiga da humanidade...”, as quais podem claramente ter desencadeado o Voluspa, como o mesmo foi desenvolvido contendo muitos vícios de apresentação aparentados com a parte do livro dos monoteístas que retrata o suposto “...apocalipse...”.
A junção dos termos “...germir: vibrante, ressonante ou fervente...”, com o termo galdr “...canto, encantamento, canção, feitiço...”, leva diretamente para a percepção do uso da feitiçaria subentendida como um canto contínuo, visto todos os dias, sendo entoado e estando fisicamente presente em algo que o imediatamente simule a concepção de “...fonte, círculo, roda ou mesmo anel...”, no exato sentido de “...fonte reverberante...”, “...círculo reverberante...”, “...anel reverberante...”, “...anel de encantamentos...”, “...anel do galdor...”, “...fonte do galdor...”, “...hvel do encantamento...”.
O que leva a concepção exata dos termos ligados ao tesouro, onde o ouro é tão presente e tão importante, pois o ouro escavado nas entranhas de “...Airtha-Jord-Nerthus...”, a qual nasceu diretamente do corpo de Ymir recém morto, lida com o uso das partes mais sutis, mais ricas, “...mais preciosos...” – parafraseando Golum do Senhor dos Anéis – mais potentemente carregados com a proximidade do Veneno que deu vida a Ymir, e de onde Buri foi liberto “...no tempo antes do tempo...”.
A busca por estes tesouros presente nas atitudes de Heid-Gullveig, e este mesmo ato presente no comportamento dos Anões de Nidavellir, e bem como nos Niflungr, tem como sua força motora oculta e mais nobre, a busca incessante pelo poder inerente de uma ancestralidade que igualmente é fonte para os Aesires, e é um dos dois motivo mais claros para a invulnerabilidade de Gullveig ao fogo – neste caso é categórico o fato de que enquanto houver Nifhelheim, haverá Muspelheim, e o mesmo se dá em sentido contrário, portanto a fonte de poder de um tem exatamente o mesmo potencial destrutivo ou construtivo do outro, mas sem pontos de vínculos entre sí e de polaridades totalmente opostas e irreconciliáveis. O Segundo motivo, para Gulveig ser invulnerável ao fogo, e os próprios Waurms serem citados como Dragões flamejantes, lida com a atividade do fogo no veneno liquefeito do Elivagar e Hvelgermir, fato claramente comprovado pela própria tradição nórdica, que afirma que somente pela atividade do fogo o gotejar da fonte pôde preencer o Gnnugagap, para que daí o veneno desta vez  em combinação como fogo, voltasse a congelar e gerasse Ymir, e libertasse Buri, o qual está ligado ao Veneno de Hvelgermir e dos Waurms, até mesmo em maior proporção do que o primeiro gigante.
Os anéis e as artes ligadas aos mesmos, evocam o poder do encantamento da Feitiçaria Galdr, para trazer pela mesmo a potência do Veneno que brota do mundo da Escuridão, a qual é poderosa e por si mesmo tão perigosa quanto mortal, pelas suas próprias qualidade e sua própria natureza original.
Por fim, o último ponto que veio a passar despercebido pela maioria tanto do público quanto dos praticantes ou especialistas em tradição nórdica, foi a região onde os Burgúndios residíam, Worms.
Worms, originalmente um assentamento celta, tomado pelos burgúndios, é uma cidade da região de renânia-palatinado na Alemanha, e se localiza  sobre o rio Reno,  sendo que figura em uma disputa com as cidades de Trier e Cologne, acerca do título de "...cidade mais antiga da Alemanha...", e é a única cidade alemã a tomar parte na organização mais antiga da rede de cidades da Europa.
Entre outros atos dos burgúndios ao se assentarem em Worms, foram deixados três códigos legais, que estão entre os mais antigos das tribos germânicas.
O Liber Consitutionum sive Lex Gundobada (O Livro da Constituição Segundo a Lei de Gundobad), também conhecida como Lex Burgundionum, ou mais simplesmente “...Lex Gundobada ou ainda Liber...”,  o qual foi lançado em várias partes entre 483 e 516, principalmente por Gundobad, mas também por seu filho, “...Sigismund...”.
Particularmente, o Liber copiou a “...Lex Romana Visigothorum...” e influenciou o posterior Lex Ribuaria. O Liber é uma das fontes primárias da vida burgúndia daquela época, e também da história de seus reis.
Esta “...Lex Romana Visigothorum...”, simplesmente é o Código de Leis craido pelos Visigodos, que influenciaram aos Burgúndios – como foi citado no início deste texto – tanto sua vinda para o que depois veio a ser conhecido como “...Gothland...” – região tanto da Espanha quanto do Norte de Portugal – como também com a intensa troca de pessoas e presença de suevos, vândalos e outros povos germânicos, com os visigodos e burgúndios, durante a Völkerwanderung - migrações dos povos bárbaros.
A região que os Burgúndios tomaram para si mesmos como sua terra e capital, Worms, tem um ponto original em comum com uma língua que influênciou a tantos povos, sendo a língua usada por Hunos, e estando fincada em várias palavras do português e espanhol – como é o caso do termo Awa e Awo, Avô e Avó, abuelo e abuela, que é o termo em old norse Edda, inclusive.
Em meio a língua dos Visigodos, o Gothico, encontramos a raíz original para a palavra Worm, no termo Waurms – sendo que em Góthico a junção de das letras “a” e “u”, geram o som “o” – o que inclusive aproxima a região dos Burgúndios, da lenda do anel e do tesouro protegidos por Fafnir, o Waurms, e por fim notamos também  que “...Sigsmund...”, rei burgúndio que compilou o Lex Romana Visigothorum, para terminar de compor o “...Liber...” de seu povo, tem exatamente o mesmo nome do pai de “...Siegfried...”.
Uma vez que a tradição não pode ser separa de um povo, sendo o sustentáculo que os move principalmente em tempos difíceis, como a migração para outra terra, constantes batalhas – com os hunos e outros por exemplo, o que levou a uma aliança entre os burgúndios com os hunos, inclusive – sendo a língua dos hunos o gótico dos visigodos, estando portanto completamente influenciada pelo povo godo, podemos com razoável tranquilidade verificar que as lendas daquele povo, e as tradições orais dali, sobreviveram vinculadas a alterações medievais – como exposto acima – tendo como seu emblema a “...Terra dos Waurms...”, o Rei que codificou suas leis, e a temática do “...Galdr...”, passado nas lendas que veio a moldá-las, a tal ponto potente que Wagner pôde então convertê-las em ópera que mantê-las presentes nas vidas do público alvo da própria tradição oral oculta, público este que ainda viria, o qual está despertando somente nos tempos atuais.
Um abraço  a todos.

Áistan Falkar.
Clã Falkar.

Witubini um abraço  a todosjah Mahts.



quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Calendário das Festas Sagradas do Odinismo Visigodo no Brasil


03 de Julho O Encantador do Arado
Oferecimento de Grãos para a Fertilidade da Terra, e em nome das Bodas do Pai Céu e Mãe Terra


09 de Julho Dia do Orgulho Nacional.
Data de comemoração da Honra e da Família.


14 de Agosto  Banquete de Valí
Morte de Hodur, e trinfo da Luz.


09 de setembro Dia de Hermann o Cherusci
Expulsão das Legiões Romanas da Floresta de Teutoberg


20 de Setembro Ostara
Início de um Novo ciclo


19 de Outubro  Sigr blot
Sacrifícios para Wotan, para a Vitória


31 de Outubro Walburg
Lado Sombrio de Freya, bem como a lembrança de Hella, e a Gloriosa Morte Ligada a Frigg, lembrando-se do retorno de Baldhur.


01 de Novembro
Celebração do fim da Noite de Walburg, Festa de Freya.


Plenitude do Verão  Midssumer 22 de Dezembro
A força máxima de Sunna, e bem como festa de Baldhur. Aqui Sowello começa o seu declínio lento.


22 de Janeiro Festival de Sleipnir
Festa de Vida e do Poder animal. Recordamos ao Poderoso Corcel de Vodan, e honramos a laborosidade e fidelidade dos Espíritos dos Animais


24 de Fevereiro Mistério das Runas
Conquista da Sabedoria das Runas, por Wotan


22 de Março Equinócio de Outono


30 de Abril Festa dos Mortos.
Festa dos Ancestrais ebem como de Hella, Hodur e Loki


01 e 02 de Maio Festa dos Einherjar


17 de Maio Banquete de Ullr.
Celebração da Caça e do Êxito, boa sorte, bençãos anteriores aos tempos de Inverno.


20 de Junho Noite Mãe Jol.
Tempos de Honrar a Donnar e Freir, pelo início de um novo ano, e pelo fim do Inverno.


02 de Julho O Décimo Segundo Dia.
Final Tradicional dos 12 Dias de Yule.
Algumas sutilezas no Odinismo

Hails Unsar Guda Ases e Vanes!!!
Hails Haithnu Thiuda!!!
Hails Brothrus Visigoth!!!

   Ao observar alguns de nossos textos tradicionais, começamos a nos perguntar sobre a natureza do que nos é apresentado, e como devemos nos colocar em relação a esta natureza, e bem como como nos servir dela em meio aos dias de hoje.
   Se pegarmos a Saga sobre o Ouro do Rin, falando a cerca do tesouro dos Nibelungos, Sigfried, Brunhild ou mesmo Alberico e Mime. Veremos que alguns temas contém muitas idéias que caminham ligeiramente diferente, ou diretamente diferente de conceitos conhecidos por muitos, dentro do Caminho Odinista.
   Por exemplo, veremos ali que durante o processo crematório de Siegfried e Brunhild, ocorreu a similaridade do processo de consumação do Valholl em chamas, onde no próprio texto lemos como título deste capítulo final, desta Saga, como sendo o Ragnarock.
   Como devemos observar, mesmo outros textos, abordam ao Ragnarock e as chamas como tendo origem em Musphelheim, e cujo núcleo sendo o próprio Gigante Sombrio de Fogo, Surtr (cujo nome o identifica inclusive com o Sfartalf Surther, sob certo ponto de observação, e assim ao sul de qualquer forma Surtur reina em meio ao fogo).
   Este texto rivaliza com a Saga apresentada de Siegfried, de maneira que nos questionamos sobre como podem, estas coisas, se contraporem desta maneira?
   O ponto de vista do Odinismo Visigoth sobre isso, acaba aclarando nossas mentes, se o utilizamos devidamente.
   Notemos que em primeiro lugar, o Odinismo não leva em consideração o Ragnarock, e um de seus motivos para isso, são os óbvios choques que ocorrem a cerca deste assunto, e de qualquer outro assunto que venha a existir nas Eddas, que possa vir a ser tomado como dogmatismo.
   Estamos sim nos tempos do LOBO, o que significa um tempo de choque realmente, de lutas tremendas realmente, de ter a muitos contra cada um de nós, e de buscar a força em nós mesmos pelo Clã, e para o indivíduo. E assim observamos, que realmente estes são tempos de um gigantesco embate, mas que o final inevitável e extático, o Ragnarock, inexiste pois o desenvolvimento de cada um acaba por ocorrer e desencadear a evolução.
  Se nestes tempos Morre um Deus, ele torna a vir como Algo que suplanta as Presas de Ferro do Lobo, e isto ele faz através do Clã, vetor de seu retorno, que tanto protegeu em sua última existência.
   Sim parece que estamos falando de um certo Egoísmo, se olharmos grosseiramente par ao processo, mas o caso não é este.
   É bem verdade que para nós o retorno advém por meio de nossos descendentes, e que nós mesmos viemos de alguém que estava ligado ao chamado Odinista, há aproximadamente 9 gerações atrás, ou um pouco menos. Fato que também leva em consideração a chamada memória genética, de acordo com a Biologia, uma vez que em momento nenhum entramos em confronto com nada que tenha haver com evolução e desenvolvimento, desde que verídico e concreto.
   Mas a verdade é que pulsa em nós o instinto de auto-proteção, que nos leva a defendermo-nos e a defender os que estão mais próximos de nós, por um quesito de ligação muito forte, e de se auto manter que é igualmente poderoso.
   Assim o Clã, a Família, são a base e estrutura de nossos trabalhos, pois garantem o eixo e âncora de nossos atos, e bem como nos permitem estar aqui e agir, através da HERANÇA que passamos para nossos descendentes, e de acordo com o que podemos sorver em cada vida, e de acordo com o que podemos desenvolver além em cada uma delas, acabamos por estimular um processo de evolução acelerada, em que no caso do retorno, acabamos nos beneficiando além das expectativas.
   Assim o conceito de Ragnarock, acaba por ser inadequado dentro deste quadro, que nos é apresentado até o momento.
   Além disso, temos que levar em conta que a forma como estes conceitos acabaram sendo trazidos até nós, pode conter elementos não pertencentes a Nossa Tradição Visigoth, sendo compostos por medos religiosos que nada tem haver com o Odinismo. Isso nos leva a Snorri,  e seu sacerdócio religioso, que por sua vez apesar de salvaguardar muitos dos conceitos nas Eddas que compôs do conhecimento a sua volta, não pôde escapar dos olhos de outros religiosos fanáticos a sua volta, ou mesmo de seus medos e de seu próprio sacerdócio monoteísta.
   Assim o conceito de Força e Valor, que transcende e acaba sendo motivo de Enaltecimento, acabou sendo substituído pelo conceito de Fatalidade Irrevogável, em que por mais que os esforços sejam feitos, o final será o mesmo.
   E aqui passa uma idéia despercebida, que é muito perigosa .
   A de que mesmo todo o Poder de Votan, acabou sendo inútil perante a fatalidade do “armagedon nórdico”, e que se o orgulho nórdico foi incapaz de salva-lo da “Fera ou Besta”, que destruirá a vida, deve o ser procurar a misericórdia e se humilhar perante o trono de alguma outra coisa que possa salva-lo.
   Este pensamento inconscientemente foi implantado em muitas pessoas, para cimentar em suas psiques a subserviência, a escravidão perante o “deus sacrificado em eterno sofrimento masoquista”, pois seu sofrimento e flagelo são ditos como sendo superiores a Honra e a Força.
   Isto é uma enorme tolice, e qualquer um pode perceber a superioridade do Lobo sobre o cordeiro, mesmo na escala avolutiva.
   O perigo de pequenas armadilhas como esta, vem da decorrência, do aparecimento de dioceses de odin, ou da visão cristã de um Baldhur como cristo, ou mesmo de um odin cristão.
   Já existem coisas como esta em muitos locais, e muitos são os não-odinistas que se dizem odinistas, propagandeando estas abominações.
   E se isto não fosse o bastante, temos as deformações do decorrer do tempo, a respeito de nossa tradição, onde as pessoas pegam pedaços da mesma, para criar ladainhas pessoais, e passar adiante, de maneira a parecer que algo novo veia a aparecer, e por fim ser narrado como tradição popular.
   Este é o caminho das lendas infantis como as temos conhecido.
   Será que não teremos visto na “Bela adormecida e no beijo que a desperta” , traços de Brunhild e Siegfried, e no Dragão da história traços de Fafnir. Mas a forma como veio a ser expressa, pegou uma narrativa tribal e tornou-a algo que saciou uma vertente local de outro país, e por fim veio a falar do Mal Demoníaco monoteísta , vencido por um príncipe que salvou a virgem do diabo. E assim algo que poderia ter sido uma forma de instigar as crianças para dentro de nosso caminho, a fonte para a lenda, as programa para ter receio natural de tudo que não é monoteísta, por que na história que chegou as crianças, o dito mal diabólico é constituído do que não é cristão.
   O mesmo se dá na adoração aos Sfartalfs, vistos como bondosos anões da branca de neve, ou mesmo como gnominhos gentis e cheios de magia, chamada de “boa magia ou de magia branca” por aqueles que manipulam a informação. E estes normalmente estão se opondo a uma Feiticeira, ou um Feiticeiro, que por suas características simplesmente são a representação exata de uma Seidkhona ou de um Vikti.
   Será que não teremos notado que a “...Espada que foi fincada até a empunhadura no Freixo, por um andarilho, para ser sacada somente por quem a merecer...”, não terá sido depois vista em histórias medievais posteriores sobre um certo Rei, que retirou uma espada de um local igualmente difícil, contudo uma pedra onde seu pai a teria fincado, e tornou-se o Rei da Bretanha?
   A mídia é especialista em agir assim, uma vez que dá passagem apenas ao que pode lhe aumentar o lucro, de acordo com os desejos de pessoas que possuem o dinheiro, e que vivem para manter os grilhões da prisão, pois esta prisão é sua fonte de renda.
   Apesar de falar de elementos Europeus, temos uma “CÓPIA RECENTE DO ANEL DOS NIBELUNGOS”, que atraiu a muitos para os livros e para Sessões de Cinema. E que pode ter muita capacidade como  uma boa história, mas ocorre que ela aponta sua fontes, para dentro do MONOTEÍSMO. Quem quer que tenha lido o compendio que trata das lendas dentro do próprio livro, pode verificar que as pessoas são levadas diretamente para isso, e a soma da adulteração de caminho a que as pessoas são levadas, acaba por arruinar todo o esforço desencadeado, pelo chamado inconsciente a alguns elementos presentes ali, pois incapazes de conter este chamado se a obra continuasse muito fiel a fonte, foram obrigados adulterar um caráter essencial pertencente a mesma. E o mais triste é que em muitos casos, nem mesmo foi uma obra maniqueísta totalmente orquestrada, simplesmente seus preconceitos pessoais e incapacidade de abranger algo, como o Odinismo , os levaram a prejudicar o texto neste e em outros tópicos (dando uma visão final cristã sobre algo que absolutamente não o é).
   EU PERGUNTO, É ISTO QUE UM ODINISTA VISIGOTH PROCURA PARA SÍ?
   A resposta certamente é NÃO!
   Em adendo a isso, ao observarmos outras partes da Edda, encontramos conforto pois ali, a ignorância do manipulador ou mesmo a tentativa de manter algo intocado, deixou nossa tradição presente, com uma mensagem com algo de correto.
   E vemos assim a Beowulf sobrinho do Rei dos Godos Hugileik, Rei este que é citado na Saga de Beowulf como sendo da Estirpe do Deus Donnar.
   Este Herói que em suas Sagas, combateu a Grindel, Sua Mãe, e a um Gigante que se converteu em Dragão.
   As lições que suas Sagas nos ensinam são muitas, falam de Honra, de Coragem, de Fidelidade e dos cuidados para com a Família e para o Clã.
   Mas principalmente escondido em meio a isto, temos o fato de que Donnar em sua Saga, faz-se presente como tendo sido o criador de sua estirpe.
   E se o Orlog de Donnar presente naquela família o levou a lutar contra Gigantes e Montros, também causou o aparecimento de quem possa sustentar a si como Donnar vivo, para lutar contra tais criaturas.
   Pois ali o Clã de Donnar continua a Donnar, e o próprio Donnar vive para desfrutar entre os vivos, ou mesmo para tecer os meios para desfrutar entre os vivos, mais uma vez, e assim proteger sua prole e seu Clã, e se realizar nisto e aumentar seus feitos, que serão sempre lembrados.
   E o Havamal nos diz: “...77 - O que foi ganho morre, os parentes morrem, cada homem é mortal: Porém eu sei que uma coisa nunca morre. A glória do grandioso, agora morto...” .
   Assim, colocamo-nos firmemente posicionados de maneira a nos salvaguardar, pelo uso do intelecto contra os abusos, contra a extática do pensamento que não evoluí, e que não aprende, e contra as coisas que parecem ser belas, mas que contém veneno para quem delas toma parte, pois: “...127 Se estás consciente que o outro é perverso, diga: não tenho trégua ou acordo com inimigos...”.

Aistan Falkar.
Clã Falkar.
Aliança da águia Visigoda no Brasil.

Hails Folk Visigoth!!!
Hails Tribos do Norte e do Sul!!!
Hails Clãs e Famílias Unidas!!!
Hails Ancestrais e Nossa Família!!!

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

THRYM


De manhã logo ao acordar, Thor assustado, notou que faltava seu martelo.
Procurou-o em vão, coçando a barba, furioso, por todas as partes de sua casa.
Então, chegou Loki, o Deus das astúcias. Ele dificilmente poderia esconder seu rancoroso sorriso, quando Thor lhe contou seu infortúnio.
"É possível que os gigantes lhe tenham roubado o martelo", insinuou Loki, embora calmo. "Se você quiser, eu investigarei junto a eles". E Thor consentiu. O sagaz Loki pediu a Freya que lhe emprestasse o vestuário de penas, voou para a casa os gigantes e ficou logo sabendo que o gigante Thrym, o rei dos profanos, havia roubado o martelo e o escondera a oito milhas de profundidade da terra.
"Só por um bom prêmio, eu devolverei o martelo", disse o gigante rindo desdenhosamente. "
Só se Freya, a deusa mais bonita, se tornar minha mulher!" Quando Locki passou essa exigência para os Ases, Freya esbravejou de vergonha e fúria, e, com grande preocupação, reuniram-se os deuses e se aconselharam; pois, se Thor não obtivesse o martelo de volta, Asgard ficaria ameaçada e indefesa.
Relutante, Thor foi persuadido finalmente pelo filho mais inteligente de Odin, Heimdall, deus da alvorada, que também é o guarda de Aesgard, para uma astúcia.
Thor deveria usar o vestuário e as jóias de Frigga, e com um disfarce de noiva, mudar-se para a casa do gigante e ele próprio pegar o martelo.
Loki, o deus astuto, pediu a Heimdall que o fosse acompanhando como sua criada. Cheio de alegria, o gigante Thrym recebeu a noiva que se apresentou a ele envolvida em muitos véus e bem disfarçada.
Ele mandou preparar imediatamente um banquete. Eles se sentaram com os convidados em ambiente fechado e se regalaram com  boi assado na gordura e espumoso mel.
Com assombro, Thrym e seus convidados viram como a suposta noiva consumia um
boi inteiro, além de devorar oito salmões e três garrafas de mel.
" Durante oito longos dias minha patroa nada comeu, tão atormentada que está de desejo por você "! disse o inteligente Loki, também, disfarçado de criada, para justificar aquela conduta estranha.
Isso o gigante gostou de ouvir. Com dedos desajeitados ele arejou um pouco o véu para ver o semblante adorável da noiva. Porém, ele ficou horrorizado antes os olhos que flamejavam como fogo ardente.
"Minha patroa", logo esclareceu Loki disfarçado como criada, " há oito noites não fecha os olhos, de tanto desejo por você".
Tal afirmativa deixou Thrym muito contente. Então, ele exclamou ordenando: "Tragam o poderoso martelo de Thor, agora!"
Thor ficou muito alegre de coração, quando puseram solenemente o martelo no colo da suposta noiva, como presente de casamento.
Porém, com uma paixão furiosa, ele agarrou o pesado martelo e lançou-o sobre o gigante Thrym , despedaçando seu crânio e afundando-o na cadeira.
Deflagrou-se então um sangrento confronto, mas, como agora Thor tinha o martelo "Mjölnir", abateu todos os demais gigantes, até que ninguém mais da raça de Thrym sobrevivesse.
O céu sorriu e trovejou, ao mesmo tempo que Thor e Loki se foram radiantes da rude casa dos gigantes, para as alturas de Asgard.
THJAZI

Três Æsir - Óðinn (Odin), Loki e Hænir - faziam uma expedição; um dia
apanharam e mataram um boi para o jantar. Tentaram cozinhá-lo, mas toda vez
que o experimentavam, a carne ainda não estava pronta. Acima deles estava um
carvalho com uma águia pousada num galho. A águia revelou ser a responsável
pela dificuldade no cozimento; a carne jamais chegaria ao ponto se ela não
ganhasse a sua parte. Os deuses aceitaram a proposta e convidaram ave a se
servir. Foi o que ela fez, depressa demais para o gosto de Loki. Este,
enfurecido, apanhou um bastão e bateu nela. O bastão caiu em cima da águia,
que fugiu voando com Loki pendurado atrás, preso ao bastão. Abalado e
machucado, Loki ficou aterrorizado e implorou para ser solto. A águia
concordou, sob a condição de que ele prometesse atrair Iðun (Idun) para fora
da fortaleza dos deuses, trazendo consigo as maças, assim, Loki e os outros
chegaram em casa salvos.
Loki foi fiel à promessa feita, atraindo Iðun para o bosque. A águia, que
agora revelara ser o gigante Þjazi (Thiassi), atirou-se sobre ela,
carregando-a para sua casa em Þrymheimr (Thrymheim). Os deuses, sem as maças,
começaram a envelhecer e enfraquecer. Ficaram intrigados com o que teria
acontecido com Iðun, até alguém lembrar de tê-la visto pela última vez com
Loki. Prenderam Loki e o ameaçaram com a morte se não encontrasse e trouxesse
Iðun de volta. Loki transformou-se num falcão e voou para Þrymheimr. Por
sorte, o gigante havia saído para pescar e deixara Iðun sozinha. Loki
transformou-a em uma pequena noz, apanhou-a com as garras e voou. Þjazi,
descobrindo que Iðun fora embora, voltou à forma de águia e saiu em
perseguição, batendo as asas com tanta violência que provocaram tempestades.
Os Æsir viram o falcão lutando contra a tormenta, sendo perseguido pela águia
e compreenderam a situação. Reunirão uma pilha de gravetos do lado de dentro
de suas muralhas e, quando o falcão voou a salvo sobre elas, acenderam o
fogo. A águia voava com muita violência e não conseguiu parar. Caiu no fogo e
suas asas foram destruídas. Assim os Æsir mataram Þjazi.  
Þjazi tinha uma filha muito masculinizada chamada Skaði (Skadi). Quando soube
que seu pai havia sido morto, apanhou suas armas, vestiu a armadura e saiu em
busca de vingança. Os Æsir acharam melhor aplacá-la e ofereceram um de seu
bando para casamento - mas ela teria de escolher pelos pés, sem ver nada do
noivo. E assim, os deuses fizeram um concurso de tornozelos. Skaði viu um par
muito elegante de pés e, acreditando que pertencessem ao belo deus Baldr,
escolheu aquele. Mas era o velho Njörðr (Niord). O casamento entre os dois
não durou muito tempo, Skaði queria viver onde seu pai vivera, nas colinas
chamadas Þrymheimr. Por outro lado, Njörðr queria viver perto do mar. Assim
entraram num acordo de que permaneceriam em turnos: nove dias em Þrymheimr e
os nove seguintes em Nóatún. Quando Njörðr voltou para Nóatún, vindo das
montanhas, disse: 

“Me aborreço nas colinas, não fiquei muito por lá,
Apenas nove noites.
Detestei o uivo dos lobos,
se comparado ao canto dos cisnes.”

Skaði por sua vez ao voltar de Nóatún disse :

"Não consegui dormir junto ao oceano,
com os gritos das aves.
Toda a madrugada me acordavam
as gaivotas vindas dos mares."

Por isso Skaði foi para as colinas e passou a viver em Þrymheimr enquanto
Njörðr ficou em Nóatún.