sexta-feira, 12 de junho de 2015

As ameaças atuais e futuras ao 
Asatru e ao Paganismo em geral!


Por Áistan Falkar


A conversa entre o Padre George Maksimov e o ex-rodnover Ivan Liskov, tem tons similares em algum sentido com o que ocorreu com o famigerado golpista do ocultismo, Fabiano Jacob (o nome em si, sionisticamente falando, já nos diz muito sobre o assunto), mais conhecido como Millenium.
http://www.pravoslavie.ru/english/79792.htm
No caso do Millenium, que era auto afirmado thelemita, o uso de determinados jargões e detalhes com o intuito de acumular dinheiro com workshops, palestras e supostas iniciações – fora a subtração de favores sexuais que viraram tanto piada quanto um tipo de pandemia dentro do thelemismo, ocultismo, de muitos estilos de wicca ou de suposto paganismo – foram usadas pelo próprio Millenium para que este entrasse na horrível, adulterada e porque não dizer “...petista...”, igreja universal do conhecido e famigerado Bispo “...Pedir Mais Cedo...”.
http://blogs.universal.org/bispomacedo/2015/02/10/o-mais-famoso-bruxo-do-brasil/
Ele teve apenas que usar o que fazia, o que via e o que incentivava, para assumir que estava fazendo o dito “...trabalho do demônio...”, e então adentrar a igreja universal como um pastor, e assim poder manter seu lucro enganando crédulos, tanto ou mais do que já o fazia enganando pessoas no ocultismo e no thelemismo.
No caso da conversa dos citados Padre George Maksimov e do ex-rodnover Ivan Liskov, a coisa possuí elementos mais preocupantes, por outros motivos.
Claramente em determinado momento da “...suposta entrevista...”, Liskov literalmente “...inventou...” ou seja “...criou...”, uma ambientação de crença apenas e tão somente por crer, que é o argumento da “...fé...”, dos cristãos, e se contradisse no mesmo momento, pelo fato simples de que havia “...afirmado categoricamente que a magia, o ocultismo, e as formas ligadas ao tradicionalismo ancestral, realmente produzem efeitos visíveis e reais...”.
Por si só isso já nos informa que o texto foi montado, em parte, para dar poder ao monoteísmo, qualquer que venha ser sua denominação.
Mas a coisa em si é preocupante por algo que realmente está se passando no tradicionalismo renascido:
1) Falta de respostas e de efeitos:
Praticantes de diversas formas de tradicionalismo a saber: Helenismo, Nova Roma, Khemetismo, Celtismo, Druidismo, Asatru e Odinismo – por exemplo – quando estão expostos a certas perguntas cabais, elementares e importantes, ficam sem as respostas que querem dentro de seus movimentos, e começam a buscar por meios de desenvolvimento pessoal, assim como por respostas, em outros sistemas.
Desta forma, no caso de Ivan Liskov, este expressou a si mesmo como tendo vindo do ocultismo, do satanismo e bem como de ter tido base de leitura para seus questionamentos.
Ele percebeu o óbvio, satanismo é só a afirmação do office-boy do cristianismo como ser adorado, mas ainda sim é uma forma de reconhecer o monoteísmo, e ele se formou mentalmente com sólidas informações, que o levaram para o entendimento de que isso é errado, pois cada povo tem sua verdade e seu caminho pessoal, e de que os chamados “...efeitos físicos...” – os efeitos que ocorrem no ambiente, advindos de invocações, as coisas que são produzidas por magia, os “...avistamentos...”, as manifestações físicas, os contatos e as respostas de seres, espíritos e deuses – são legítimos.
Mas ele percebeu, mais uma vez, o óbvio!
Que ao tomar contato com o tradicionalismo, todos os praticantes aprendem o básico religioso, mas ficam se questionando sobre o que seus caminhos não tem, que outros caminhos tem, e para aludir isto cito o famigerado e muito conhecido Octávio Augusto Carvalho Okimoto, já falecido, e ex-líder da Asatru Vanatru Brasil.
Eu, conhecido como Grimmwotan/Aistan Falkar/Thul Alger/Oxi Ziredo (entre outros nome menos honoráveis que são usados para expressar o descontentamento de alguém com um juiz de futebol, citando certos supostos comportamentos da mãe deste juiz), ao questionar Okimoto sobre outras técnicas e outros métodos, além dos usados para cultuar os deuses, ou das leituras para aquisição de informação, detalhes, língua sagrada para liturgia, conhecimento sobre o que é e como a poesia skhald era feita, perguntei que outras técnicas, que outras formas ritualísticas para defesa, ataque, auto desenvolvimento, e coisas similares, haviam no Asatru – na época eu só sabia da existência do asatru, acreditem, pois isto foi em meados de 2.000 a 2.001 da vulgar era cristã e não havia internet rápida rápida, e os computadores eram de 500 k de memória, em média, fora a literatura de tudo, que era escassa em todos os sentidos .
Okimoto no máximo me deu o chamado “...Ritual do Martelo...”, usado pelo “...Runegild de Stephen Flowers...”, ritual este que o próprio Okimoto e devo dizer diversas pessoas em todo mundo, afirmam como sendo “...universalista...”, e portanto inexato e incorreto em seu uso.
E, quando perguntei o que o Asatru usava ou indicava para desenvolvimento pessoal, citando por exemplo o giro de chacras ou sistema do pilar do meio do cabalismo – lembrem-se, eu e Adeltrud, saímos de organizações de prática de Enochiano, Thelemismo, Cabalismo e praticamos e estudamos seriamente por muito tempo a tradição Hindu, Suméria e o Necronomicon, ela entrou no ocultismo com 16 anos, via o colégio druídico e uma organização de cabalismo e eu com 19, via o hinduísmo e a yoga – e Okimoto disse que isso não existia, e que no máximo eu poderia encontrar o Stadhagaldar, que foi desenvolvido pelos Teosofistas que estavam dentro do movimento Nacional Socialista, e isso não sendo algo da tradição, não havia o costume de ser feito.
Disse também que em nível de cuidados médicos, a prática de acupuntura era recomendável e mantida, assim como o uso medicinal das posições de yoga por exemplo, e que haviam técnicas sim, de viagem ao mundo dos deuses, e que o pessoal ligado a tradição de Asatru da qual ele fazia parte, afirmava que o desenvolvimento final de uma “...Valquíria/Walkurja...” levaria a pessoa a entrar em Aesgard de corpo inteiro, por exemplo.
Quanto a sua afirmação final, hoje posso dizer que ele estava falando da “...Fylgja...”, que pode assumir a forma de uma mulher ou de um animal, e que leva a pessoa ao local final de repouso.
Quanto as questões que eu tinha na época, posso citar, por exemplo, que o Asatru/Odinismo tem também técnicas que as outras tradições não possuem, como é o caso do Seidhr e do Bersekdergar – dos quais o primeiro é quase inteiramente feminino, com suas exceções que devem ser praticadas por homens com cuidado extremo, e do segundo, que se tome cuidado vinte e quatro horas por dia, para evitar desastres, por conta da ânsia de destruição da fylgja– mas não se pode encontrar nada parecido com o sistema de desenvolvimento da ascensão de Kundalini, ou dos efeitos diretos do Giro de Chacra, que existem no Hinduísmo e que o ocultismo e thelemismo usam largamente.
Parecido, realmente não, mas há citações – e fazemos parte de uma tradição que luta por renascer, e cujos textos e sábios antigos foram massacrados e mortos – sobre o “...Mead da Sabedoria...”, sobre o Oddhoerir, sobre Boðn e sobre Són, seus vazos, assim como sobre a Mimameidr e a Mimisbrunnr, de Mimir, sobre a Urdbrunnr, em Aesgard e sobre o Hvelgermir, fonte do Eitr, material do qual tudo é feito, uma vez combinado com o Eldr de Moudspelheim, tudo isso que se mistura dentro do Vaetr, absolutamente nada, ou seja o que existe – por assim dizer – no Gnnugagap (sem mencionar que o Odinismo, ou Asatru, é a única tradição que propõe Três forças Infinitas e irreconciliáveis como poderes geradores do Universo), que nos dão margem para suposições e ajustes.
E essas suposições nos levam ao fato de que os jovens, os velhos, os cultos e os idosos, todos da tradição precisam de suas respostas e de seus métodos, e de que não há anciãos para responder esta pergunta adequadamente, ou que possam dentro dos parâmetros antigos, dar um caminho correto dentro da tradição para impedir a “...EVASÃO...”, que estará em vias de ocorrer no futuro, se não saciarmos as necessidades dos que precisam destas necessidades.
Desta forma, e por este motivo, no caso do Brasil, criamos a O.T.O.M., que entrou em meados de 2009 e.v., em embate com todos os grupos pró-monoteístas e sionistas (nem tentem me impedir de usar esta palavra, tudo que é monoteísta é pró-sionista), e em verdade não porque os fomos atacar, mas sim porque eles ficaram aterrorizados com o que havíamos proposto fazer, ou seja, a erradicação da fonte do mal, que se alastrava para dentro do paganismo, insidiosamente, através de sugestões subliminares e citações, fora o maldito comportamento altamente reprovável dos assim ditos “...líderes thelêmicos, pagãos e ocultistas...”, que inclusive Ivan Liskov e o Padre George Maksimov citam.
Mas nós não a criamos para levar os pagãos para ela, nós a criamos para levar as pessoas a saciar sua curiosidade sobre determinadas coisas, e conduzi-las com produto final as tradições ancestrais que falam ao sangue de cada um, por conta daqueles pessoas que em geral, procuram pelo ocultismo e não sabem onde estão metendo os pés, e que ao se desenvolverem minimamente, podem vir a se tornarem sacerdotes pró-sionistas (como é o caso dos rosa-cruzes, dos integralistas brasileiros, dos teosofistas, dos ocultistas medianos, dos thelemitas em geral, e de muitos outros como os maçons, quando não são só pessoas pretendendo lucrar com a maçonaria).
E nosso objetivo original era traçar e criar metodologias alternativas que pudessem desencadear os efeitos de ascensão espiritual e de êxtase físico/espiritual, causados por técnicas de respiração, que não estão presentes no Odinismo e no Asatru, por exemplo, mas sem usar nem linguajar, nem meios e nem modos, de qualquer espécie, que venham a existir em qualquer outra tradição salvo o Asatru/Odinismo, e disso nasceu, entre outras coisas o “...Örindi...”, que já divulguei em alguns lugares, para que pessoas diversas o testassem, o criticassem, o usassem, ou mesmo pelo menos o lessem, e desta forma o aprimorassem para uso de todos, pois este “...é um dos maiores deveres dos Gudjas em todo o planeta, proteger, prover e guiar...”, não importando a opinião dos outros!
As advertências que podemos sorver dos ataques feitos contra o paganismo em geral, que provém dos monoteístas Liskov e Maksimov, nos são na verdade úteis e vieram em bom momento, pois estamos em total condição de reverter e prevenir, e inclusive de citar as falhas nestas afirmações e ataques, como é o fato de Liskov afirmar que continuava indo à igreja mesmo sendo pagão!
Nenhum pagão que realmente esteja integrado a sua tradição tolera estar em uma tradição ou lidar com qualquer tradição, que tenha ofendido sua própria tradição, seus ancestrais ou sua terra, e desta forma podemos ver que Liskov, mais uma vez foi demagogo, e em meio a seu texto, ele foi falso e inventou algo, para poder ser aceito pelos religiosos ortodoxos, sendo que se ele realmente teve acesso a efeitos físicos reais do ocultismo, saberia que o monoteísmo mente em todos os sentidos, e que ele realmente massacrou povos – as provas reais existem de fato – e que ele sempre foi insidioso e profanou e usou os templos dos povos antigos, quando não os pode destruir, o mesmo se dando com nomes, deuses e locais sagrados.
Mas o universalismo praticado por Ilya Cherkasov, o mago cabeça, o patriarca da Rodnovery Russa (fé nativa), citado no texto como estando com símbolos Hindus, shivaistas na verdade pelo que conheço do tantrismo – e posso afirmar que Adeltrud e Eu, conhecemos muitos muito bem Kundalini yoga - e praticando Tantrismo é uma ofensa a todos os tradicionalistas propriamente ditos, e realmente pode ser afirmado como um dos principais motivos para que todo aquele despertar antigo tão fértil, que podemos acompanhar nos rituais gravados pelos praticantes de Rodnovery, que estão no youtube por exemplo, tendo Ilya Cherkasov como sacerdote, tenha se revertido em morte prematura do Rodnovery.
E é um aviso a todos nós Gudjas e praticantes conscientes de Odinismo, Asatru, e demais formas de tradicionalismo.
É, como citei acima, “... um dos maiores deveres dos Gudjas em todo o planeta, proteger, prover e guiar...”, é nossa maior obrigação atualmente, sendo igualada ao dever de sustentar o Clã/Kindred, sendo um dos pilares tanto do presente, quanto do futuro para o forn sidhr em todo o mundo!
Não devemos ser universalistas, pois o universalismo é a chave de ataque do texto de Liskov e de Maksimov, contra o paganismo em toda parte.
Não devemos ser incultos, e nem devemos permitir a intrusão estrangeira, pois essa é a porta de entrada do universalismo no que fazemos, e o fim do tradicionalismo, qualquer que venha ser o termo ou estilo do mesmo.
Mas devemos criar os meios e modos corretos, presentes em nossa tradição, estimulá-los, aferi-los e espalhá-los, de forma que não devamos nada para tradição alguma, mas suplantemos tudo que houver de qualquer outra tradição, sem nos intoxicarmos na mesma.
Um abraço a todos.

Bolthorn leyndärmal er mit.

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